“Os policiais civis não trabalham sem receber, a lei não obriga, mas, os policiais militares podem trabalhar de qualquer jeito é só colocar a cangaia, botar a carroça atrás e botar pra puxar até torar”
Na manhã desta quinta-feira (28), o deputado estadual Capitão Samuel (PSL), ocupou a tribuna no grande expediente para expor a sua preocupação com o calendário festivo de alguns municípios sergipanos que ocorrerá neste fim de semana em todo o Estado.
Segundo o parlamentar, o grande problema é o efetivo da Polícia Militar já escalado para o final de semana, que não suporta a falta de mil policiais militares retirados de serviço ou de sua folga sem remuneração antecipada como é o caso dos policiais civis que exigem hora extra antecipada. “Nós temos várias festas no interior do Estado, temos festa em Boquim, em Itabaiana, em Carmópolis, em Nossa Senhora do Socorro e em Aparecida uma cavalgada. Conversando com os oficiais da PM que fazem o policiamento desses eventos, nós teremos que utilizar mais que mil homens para oferecer segurança necessária aos eventos realizados. Eu fiz várias indicações ao Secretário de Segurança Pública para tomar alguma posição em relação a esta situação”, afirmou Samuel Barreto.
O capitão Samuel, resume objetivamente que quando acontece uma festa dessas em vários municípios sergipanos o policiamento de outros municípios não pode ser alterado e indaga de onde retirar mais de mil policiais militares para escala extra de serviço. Na tribuna ele desabafa e diz que vem buscando solucionar esses problemas da categoria militar e fazendo indicações sem resultados. “Infelizmente vai completar 30 dias as indicações e não obtive resposta, eu não costumo aguardar mais de 30 dias para obter resposta, independente de qual seja o tema”. Desabafou o deputado.
Samuel Barreto ressaltou que Itabaiana foi contemplada com a lei da hora extra e que os trezentos e cinqüenta homens que serão utilizados lá estão tranqüilos por que foi garantido. O mesmo exemplo é seguido no município de Nossa Senhora do Socorro, já nos outros municípios o problema continua e os policiais militares continuarão sendo retirados de sua folga, retirados do convívio familiar e de suas licenças Premium para trabalhar sem receber hora extra. “Pela responsabilidade que o policial militar tem, ele vai e pela legislação que vai forçar a ele a trabalhar, ele vai. Os policiais civis não trabalham sem receber, a lei não obriga, mas, os policiais militares podem trabalhar de qualquer jeito é só colocar a cangaia, botar a carroça atrás e botar pra puxar até torar”, rechaçou o deputado.
O deputado militar, reclamou da falta de definição dos direitos da categoria, falou que sem a definição da carga horária os policiais militares vão depender sempre de indicações parlamentares para que seja feito o pagamento das horas extras trabalhadas. “A hora extra dos policiais militares paga-se quando quer, quando não quer não paga, essa é a realidade.” Afirmou Samuel Barreto.
O deputado capitão Samuel explicou que o município de Carmópolis, por exemplo, tem um efetivo policial militar de 10 homens comumente, mas, que numa festa como esta que vai ocorrer neste fim de semana, a cidade recebe uma média de 20 mil pessoas e que este efetivo é impossível garantir a segurança das pessoas.
O capitão Samuel critica a falta de posicionamento do Secretário de Segurança Pública, João Eloy. Segundo o parlamentar, várias foram as conversas que teve com o secretário, várias as indicações e mesmo assim nada acontece. O deputado disse que não suporta mais assistir os praças (cabos, soldados, sargentos), principalmente serem obrigados a trabalhar cada vez mais e não ganhar nada a mais por isso. “As pessoas estão cobrando demais de mim, me perguntam por que a insegurança cresce no Estado, por que não tem policiamento nas ruas, e eu falo a verdade. O meu Limite chegou alguém tem que tomar providências, você pode até deixar de fazer uma obra, mais você não pode deixar de salvar uma vida”, Concluiu Samuel.
Fonte: Assessoria Parlamentar (Chris Brota)
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