O rio Poxim transbordou e invadiu casas no lotemaneto nas proximidades da UFS. Um casal foi resgatado na manhã desta quarta-feira, 25
Loteamento ficou alagado (Fotos: Portal Infonet)
Momento da chegada das vítimas
Após conseguir completar a ligação por meio de um telefone celular para a patroa, Givanilde de Oliveira, 38, relatou a situação que ela e o marido estavam passando na manhã desta quarta-feira, 25. Os dois estavam em cima de um cajueiro, sendo picados por vários insetos, com os animais de estimação nos braços e observando as águas do rio Poxim invadir a casa em que moravam há quatro anos e arrastar todos os pertences.
Em poucos minutos do chamado, as equipes coordenadas pelo tenente Fábio Caldas chegou ao local [Ponte da Av. Marechal Rondon, nas proximidades da Universidade Federal de Sergipe] para dar início ao resgate que foi realizado com sucesso. O sargento Sinério Santos e mais dois mergulhadores de resgate entraram no rio em um bote, guiados por um irmão de uma das vítimas com a convicção que salvariam Givanilde, o marido e um senhor que morava em outra residência.
Em cima da ponte, curiosos, bombeiros, profissionais de imprensa e donos de sítios que tentavam salvar cavalos, porcos, ovelhas e galinhas, aguardavam com ansiedade o final feliz. E não demorou muito para o bote do Corpo de Bombeiros, guiado pelo sargento Sinério aparecer com as vítimas.
Nele, Givanilde sorridente acalentava alguém no colo que todos acreditavam ser um bebê. Mais uma surpresa: “Estou feliz, estamos vivos e ela também. ‘Zefa’ está salva. Graças a Deus e aos bombeiros”, comemorava Givanilde mostrando a tartaruguinha em uma mão e o coelhinho em outra. O marido carregava a cadela ‘Stephanie’.
Sufoco
À imprensa ela contou que nunca as águas do rio Poxim tinham subido tanto no loteamento localizado no município de São Cristóvão. “Ontem quando fomos dormir, a água já tinha invadido a nossa casa. Colocamos o colchão em cima da mesa e ficamos com os animaizinhos”, ressalta.
Como o nível da água conseguiu chegar até à mesa, o casal não teve outra opção. “A gente subiu no cajueiro. Tinha muita muriçoca e abelhas, mas o que estava dando medo mesmo era uma cobra que se aproximava. Quando amanheceu o dia comecei a ligar para a minha patroa até que Deus ajudou e a ligação completou. Ela avisou aos bombeiros que salvaram a gente”, afirma agradecendo em seguida.
Resgate
O sargento Sinério Santos contou o que viram quando chegaram à casa de Givanilde. “Fiquei impressionado. Eles não estavam nestas casas aqui da frente. A casa fica lá atrás, numa espécie de ilha e a água estava há quase dois metros, quase chegando na parte de cima da porta. Um lugar cheio de insetos, com muita cobra, mas graças a Deus conseguimos resgatá-los com vida, mas não conseguimos convencer um senhorzinho que estava em outra casa a vir com a gente e agora vamos comunicar à Defesa Civil, pois ele não quer deixar os animais e o nível da água na casa dele está subindo”, lamenta.
Primeira vez
D. Maria Cirila Santos mora no bairro América, mas tem um terreno com casa e cria alguns animais no Loteamento Poxim. Ela acompanhou apreensiva a operação de resgate. “Já conseguimos tirar o burro e o cavalo e meu genro está tentando retirar os porcos, as galinhas e a carroça. Tenho esta propriedade há dez anos e nunca tinha acontecido uma coisas dessas”, enfatiza.
Fonte: Infonet (Aldaci de Souza)
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