Em discurso realizado no grande expediente da sessão de hoje, dia 24, o deputado estadual Capitão Samuel (PSL) saudou as categorias de servidores públicos estaduais presentes à Assembleia Legislativa, em especial os professores, e ressaltou a importância de os movimentos continuarem e as pessoas permanecerem defendendo o que acreditam, independente de política e de governo. “Essa defesa controi a vida de uma pessoa. Infelizmente, a gente tem dificuldade de passar algumas ideias. E eu estou tendo dificuldade de passar algumas ideias”, disse.
O deputado informou que na próxima quinta-feira, os secretários de Segurança Pública e da Educação, João Eloy e Belivaldo Chagas, juntamente com a cúpula da polícia, estarão na reunião integrada das Comissões de Segurança Pública e Educação para tratar sobre a violência em geral e especificamente nas escolas.
Para o Capitão Samuel, existem problemas que se pode evitar, com conversa. O deputado disse que dividir é uma tática utilizada, mas que os professores continuem unidos. “Os professores e o Sintese estão de parabéns e não se dividam, porque dividindo é o início da derrocada. E a derrocada dos professores no Estado de Sergipe é o início da derrocada da educação e para quem mais precisa, principalmente, que é o pobre”, declarou.
Ele disse que não há como falar em educação quando tem pessoas que não estão sendo tratadas como deveriam. O deputado disse que, além dos professores, participam da comunidade escolar os vigilantes, os técnicos administrativos, pessoas que precisam ser observadas.
O deputado Capitão Samuel acrescentou que a questão dos professores é uma questão de legalidade, de justiça, “porque, se é lei, tem que ser cumprida”, completou, ao parabenizar o Sindicato dos Professores (Sintese) pelas duas ações na Justiça. “Porque, infelizmente os servidores do Detran foram tolhidos de um direito que eles têm, que é um direito do trabalhador, “Porque teve uma decisão judicial que declarou a greve ilegal. Porque se é um direito do trabalhador e não pode exercer, porque tem uma antecipação de tutela, quando vai exercer esse direito”, questionou.
Quanto aos servidores do Hospital da Polícia Militar, ele disse que recebeu a cópia de uma lei que o governador de Pernambuco sancionou há pouco tempo, na qual ele não só decidiu que o trabalho das duas polícias seria integrado como também unificou os salários. Enquanto isso, aqui em Sergipe, observou o deputado Capitão Samuel, servidores que fazem o mesmo trabalho no Detran, que trabalham no mesmo gabinete, recebem salários diferentes. “No HPM, tem enfermeiro militar ganhando duas vezes o que o enfermeiro do lado dele que é civil ganha, tendo a mesma carga horária e fazendo o mesmo serviço. O mesmo acontece com vigilantes, com alguns ganhando o dobro que outros. Então falta conversar, falta diálogo”, disse.
O deputado disse que é preciso reciprocidade dos secretários das pastas para negociar isso conversando com os sindicatos. “Isso é falta de conversa e não tem como aceitar”. Capitão Samuel disse que agora os delegados estão solicitando aumento e considera isso justo. Mas o gestor tem que analisar a situação. “Porque como é que pode dar [aumento] a um professor e a outro não, a um servidor do Detran e a outro não, a um policial e para outro não? Vai criar uma situação insustentável, para nós, para os servidores e para a população, que é quem sofre os efeitos da greve”, completou.
A deputada Ana Lúcia (PT) aparteou o pronunciamento e disse que é interessante comparar com outros Estados, como o deputado fez com relação a Pernambuco, mas observou que Sergipe ainda é o que melhor paga seus professores na região Nordeste. “Mas não queremos um retrocesso. Queremos melhorar e sermos exemplo”, disse.
Ela acrescentou que a diferença é muito grande. Ana Lúcia citou a declaração da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte, que colocou que o salário do professor em seu Estado é R$ 930, enquanto em Sergipe é R$ 1.024, em início de carreira, já em Pernambuco transformaram em subsídio que do piso para o nível superior a diferença é de 7%. “Isso é um absurdo. Precisamos estar estimulando os professores e os servidores estaduais a estudar para melhorar sua qualidade da prestação de serviço”, disse, acrescentando que da forma como os governantes estão analisando a questão vai acontecer greve de professores por todo país.
O deputado Capitão Samuel disse que citou o caso de Pernambuco porque foi muito elogiada a forma de gerenciar a segurança pública lá. Mas, disse ele, com relação a continuar lutando e ter apoio desses sindicatos com relação à luta, ele disse que vai permanecer fazendo o seu papel de acordo com as pessoas que acreditaram na sua luta. “Eu cheguei aqui através de uma luta, pelo reconhecimento de uma luta. E aqui nós temos que fazer o nosso papel de acordo com essas pessoas que acreditaram nela e que acreditaram que colocando aqui um deputado ele ia continuar na mesma luta, independente do governante do momento. E é isso que vamos continuar fazendo aqui”, garantiu, acrescentando que todas as categorias continuem na luta e contem com seu apoio.
Fonte: Alese
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