sexta-feira, 27 de maio de 2011

SINDICATOS REJEITAM REAJUSTE DE 5,7%.

Em entrevista concedida na manhã de ontem na Assembléia Legislativa (AL), o líder da bancada governista, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), defendeu o valor.

Sindicatos não aceitam o reajuste salarial linear de 5,7%, aprovado pelo Assembleia dos Deputados de Sergipe, para os servidores públicos do estado. “Recebemos essa notícia com indignação. Estávamos negociando com o governo quando soubemos da notícia. Entendemos que o governador não teve nem respeito com a categoria da saúde. Além do mais, ele disse que esse seria o ano da saúde. Como, desse jeito?”, questionou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), Augusto Couto, ao ressaltar que o sindicato aguarda uma proposta da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e não descarta a possibilidade de uma greve geral por tempo indeterminado.

”Vamos fazer a unificação dos sindicatos da Saúde para fazer uma assembléia e manifestação em conjunto, pois até agora não tivemos avanço em nenhuma área. Ou seja, a Saúde de Sergipe pode parar, com a unificação dos sindicatos e a falta de uma proposta digna por parte do governo para todas as categorias da saúde”, ressaltou. Para os professores, a notícia também não foi muito agradável. “A gente vê que o governador a partir deste ano quer tratar o magistério, desconsiderando a lei do piso. A proposta do governo foi pagar o piso para o nível I e para os demais, um reajuste de 5,7%. Mas, o projeto de lei acaba com o nível I e a carreira do magistério. O sindicato não aceita essa proposta porque divide a categoria. E, esse não foi o conceito do piso”, declarou a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação do Estado de Sergipe, Lúcia Barroso.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Detran (Sindetran), Clebson Pinto, disse que o reajuste de 5,7% não contempla os servidores do órgão. “Esse reajuste não agracia todos os funcionários do Detran em sua totalidade, pois a maioria recebe um mínimo de R$ 526. Com 5,7% de reajuste, o salário passa para R$ 545. a condição é essa. Mas, para os vistoriadores e servidores de carreira, que recebem acima do mínimo, ainda há um aumento”, declarou, acrescentando que a greve da categoria, que completa hoje oito dia, continua.

”O governo rasga sua história quando diz que vai contratar servidores terceirizados para substituir os que estão em greve”, frisou. A greve da categoria foi decretada ilegal pelo Tribunal de Justiça, mas a categoria entrou com um embargo declaratório, que suspende os efeitos da liminar do TJ. “Estamos aguardando o julgamento da ação, que até agora não entrou nem na pauta”, disse Clebson Pinto. O presidente do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindimed), José Menezes, informou que a situação não pode ficar pior do que já está.

”Estamos negociando com o governo a implantação da carreira, nesta quarta-feira, às 11 horas, teremos uma reunião no Ipes, com a categoria. Até agora o secretário de Articulação com os Movimentos Sociais e Sindicais, Chico Buchinho, não nos atendeu, mas estamos atentos para uma resposta”, disse Menezes, ao ressaltar que acredita que o Secretário de Estado da Saúde (SES) vai encaminhar uma proposta. “Esse reajuste linear de 5,7% é inválido para os médicos, que têm um salário inicial de R$ 690 e, final de R$ 716. O reajuste de 5,7% acaba sendo o que sobra”, disse.

Em entrevista concedida na manhã de ontem na Assembléia Legislativa (AL), o líder da bancada governista, deputado estadual Francisco Gualberto (PT), defendeu o reajuste de 5,7% para os funcionários públicos. Segundo ele, mesmo não sendo o ideal, o aumento contempla a reposição do índice de inflação do período. “Antes de Marcelo Déda, todo ano a inflação ganhava para o reajuste dos servidores. Agora, no mínimo, a inflação é reposta. Ou seja, não há perda para os servidores”, explicou, ao afirmar que o melhor quadro seria um reajuste superior ao apresentado. “Mas, não podemos agir com demagogia e muito menos descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. A história das perdas acabaram. Queremos agora discutir como recuperar os ganhos”, declarou o parlamentar.

Fonte: Jornal da Cidade

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