terça-feira, 28 de junho de 2011

SUICÍDIO E CRIMES PASSIONAIS DE PM's PODEM ESTAR LIGADOS A FALTA DE PROGRAMAS DE ATENDIMENTOS PSICOLÓGICOS.

O único Serviço de Assistência Social da Polícia Militar de Rondônia – SEASSO está defasado e não oferece programas de atendimentos psicológicos ao policial e sua família da forma que deveria. De acordo com informações prestadas por policiais militares, faltam médicos psiquiatras e psicólogos para o atendimento. Essa deficiência vem gerando transtornos no serviço policial, sendo que o acumulo de adrenalina e o stress adquirido no dia a dia tem levado muitos policiais a cometerem agressões dentro do seio de sua família e até suicídio.

Pesquisa realizada pela FGR revista de Belo Horizonte MG, revela que os policiais brasileiros não estão recebendo apoio psicológico como deveriam. Em sua lida e diante de um verdadeiro confronto com a criminalidade e violência, além da falta de reconhecimento da sociedade, percebe-se que o policial passa por um estresse ocupacional muito grande. Isso desencadeia conseqüências danosas à sua saúde física, mental e psicológica, além de afetar as suas relações familiares, sociais e profissionais.

Um artigo publicado no Army Times afirma que o suicídio de militares (inclusive já reformados) representa 20% do total de suicídios nos Estados Unidos. Como os militares representam muito menos do que 20% da população total, as taxas de suicídio entre militares é mais alta do que na população.

De acordo com o jornal Folha de São Paulo o número de policiais militares afastados do patrulhamento nas ruas do Estado de São Paulo para tratamento psicológico subiu 46% neste ano. São dez baixas por dia. Dados da Corregedoria da PM (órgão fiscalizador) apontam que 907 policiais foram encaminhados para o Programa de Acompanhamento e Apoio ao PM, no primeiro trimestre de 2010. No mesmo período de 2009 foram 622 -sete a cada dia.

O presidente da Associação dos Familiares dos Praças de Rondônia – ASSFAPOM, Jesuíno Boabaid, sabendo da real situação da defasagem no atendimento psicológico ao policial e sua família pelo SEASSO, promete lutar por melhorias nessa área. “O policial passa por 12 horas de serviço de rádio patrulha, serviço esse, considerado um dos mais estressantes da policia, e ainda não é bem remunerado, não tem uma moradia adequada e sofrem pressões psicológicas dentro dos quartéis. Tudo isso gera um desconforto e a soma desses problemas é igual a stress e desvio psicológicos”. Disse Jesuíno.

Fonte: Assfapom

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