Agentes ocupam apenas as escadarias da Alerj.
Havia manifestações também na Zona Oeste e no subúrbio.
Terminaram os protestos que os bombeiros faziam em pelo menos três pontos diferentes do Rio, pedindo a libertação dos mais de 400 companheiros presos e aumento de salário para a categoria, na manhã desta segunda-feira (6).
Um grupo de mulheres e parentes dos bombeiros ocupou uma faixa na Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, na altura da Rua Augusto Vasconcellos. Segundo o Centro de Operações Rio, não houve alterações no trânsito no local.
Também na Zona Oeste, outro grupo fez manifestação na Avenida Ayrton Senna, em frente ao Hospital Lourenço, na Barra da Tijuca. Eles ocuparam duas faixas da via, onde escreveram a inscrição “Heróis ou bandidos”.
Já no subúrbio do Rio, um pequeno grupo ocupou uma faixa da Avenida Brasil, nas imediações da Penha. Eles seguiram pelo Viaduto da Avenida Lobo Júnior.
Manifestação na Alerj
A manifestação dos bombeiros nas escadarias da Assembleia Legislativa (Alerj), no Centro do Rio, é um protesto e uma busca por uma solução para "os presos políticos do Cabral", disse o porta-voz dos bombeiros, cabo Gilberto Batista, do Quartel Central da corporação.
"No momento, nossa luta é pela libertação dos presos políticos do Cabral", disse ele referindo-se aos colegas detidos na invasão do Quartel General da corporação.
Os cerca de 100 bombeiros concentrados nas escadarias da Alerj, segundo Batista, são os que estão de folga, porque, segundo ele, a corporação não quer deixar a população sem segurança. Ele explicou que trabalham em turnos de três dias seguidos com um dia de folga. Alguns colegas estão vindo também do interior, segundo o porta-voz.
Os deputados Chico Alencar (PSOL) e Alfredo Sirkis (PV) estiveram com o grupo na escadaria para prestar solidariedade. "A Comissão de Direitos Humanos da Alerj é solidária aos bombeiros, que vêm sofrendo violência há meses pela intransigência do governador", disse.
Já Sirkis disse ser totalmente justa a reivindicação dos bombeiros, mas apelou por manifestações sem violência.
Em protesto, sargento usa algemas
A corporação reivindica um reajuste de salário líquido de R$ 950 para R$ 2 mil. Em protesto contra o tratamento que está sendo dado aos colegas presos, um sargento do centro de operações do comando do Corpo de bombeiros, identificado apenas como Alairton, mostrou as mãos algemadas. Ele denuncia que vários colegas estão feridos, com escoriações, sem tratamento adequado e sem alimentação no hospital dos bombeiros, no Rio Comprido, na Zona Norte da cidade.
Mais cedo, bombeiros fizeram uma oração pedindo que Deus abençoasse e iluminasse o governador do Rio, Sérgio Cabral que, em nota divulgada no domingo (5), afirmou que as prisões dos 439 bombeiros rebelados que invadiram na noite de sexta-feira (3) o Quartel General da corporação, são punições devido à "imprudência" e "imensa irresponsabilidade" dos grevistas. Os detidos foram transferidos para o quartel de Charitas, em Niterói, na Região Metropolitana, no domingo.
Passeata na Ponte
Além do protesto na escadaria da Alerj, na noite de domingo (5), bombeiros também fizeram uma passeata pela Ponte Rio-Niterói. O policiamento em frente ao Quartel Central dos Bombeiros, invadido pelos manifestantes na noite de sexta-feira (3), permanece reforçado.
Fonte: G1
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