segunda-feira, 25 de julho de 2011

GESTÃO E VIOLÊNCIA EM SERGIPE.

Sem sombra de dúvida, o assunto que mais essa coluna debateu (ou denunciou) nestes cinco anos foi a segurança pública, ou melhor, a falta dela

Há algumas semanas o blog vem alertando sobre a necessidade de retornar o foco da gestão da segurança pública quando a equipe de João Eloy assumiu o comando da SSP, no lugar de Kércio Pinto.

No último final de semana o seqüestro do secretário Jorge Araújo poderia acabar no final trágico. Acredita-se que a fuga do motorista do porta mala do carro, fez com que os bandidos mudam-se seus planos (Ver matéria completa em http://www.infonet.com.br/cidade/ler.asp?id=116289).

Todos os dias pessoas morrem, e cada dia as mortes são mais violentas. O blog pode falar de homicídios, de violência no trânsito, da capital ao sertão, não há limites para a prática de crime.

É preciso retomar a gestão pública da segurança ainda que seja tarde demais. Não há política de pessoal nas instituições policiais, não há política de interiorização da segurança pública. Não há planejamento para aumento dos efetivos, tanto da Policia Militar, como da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros. Não há o que se falar da polícia técnica (fundamental para elucidação de crimes) e do IML, pois a imprensa nacional já classificou a de Sergipe como a pior do país.

A falta de policiais civis no interior faz com crimes não sejam investigados. Não existem delegacias plantonistas no interior, fazendo com que as cidades fiquem por horas sem seus parcos efetivos policiais militares por terem que trazer flagrantes para serem lavrados na delegacia da capital. Aliás tem apenas uma delegacia plantonista para toda a região Metropolitana de Aracaju. Ou seja, para cerca de 700 mil habitantes.

Na PM a falta de compromisso com o policiamento ostensivo também é notória, uma vez que se prioriza a segurança física de instalações públicas, a segurança dos cidadãos. há mais policiais militares a disposição de autoridades do que de cidadãos. Não se faz concurso para a PM há mais de 6 anos, nem falar em compra de uniformes.

As instituições de defesa social (PM, PC e BM) mesmo com salários razoáveis estão desmotivadas, há quebra de hierarquia na PM, descompromisso na PC. Será fruto das batalhas que estão sendo travadas nas entidades representativas das duas policiais?

E o plano estadual de segurança? São quase 5 anos de governo e nem sequer uma linha sobre planejamento para a segurança pública, tudo se faz de forma empírica. Nem uma questão básica de segurança pública Sergipe possui, que é a delimitação da responsabilidade territorial. Em sergipe não se sabe qual autoridade policial é responsável por determinada área.

O que pode se esperar? Sequestarem o governador?

Sem sombra de dúvida, o assunto que mais essa coluna debateu (ou denunciou) nestes cinco anos foi a segurança pública, ou melhor, a falta dela.

O governador está programando, a partir de 29 de julho, se ausentar do comando do Estado para tratar de assuntos pessoais.

Sinceramente, não é um bom momento. Um secretário não foi assassinado por pura sorte. Repete-se: é preciso retomar o mesmo pique quando a atual equipe assumiu o comando da SSP. A gestão da segurança pública não é a mesma.

E tudo escrito acima não é apenas o espelho do que se ouve e vê nas ruas, nas rodas de conversa, em todos os ciclos sociais deste a classe mais alta até os armazéns dos povoados sergipanos.

Segurança, governador! Derruba e elege governadores. E Marcelo Déda sabe muito bem porque foi o item decisivo para derrotar João Alves em 2006, quando conquistou o primeiro mandato.

Fonte: blog do jornalista Cláudio Nunes

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