Em encontro informal com a imprensa brasileira, o secretário geral da Fifa, Jeróme Valcke, comentou a notícia surgida na última quarta-feira de que movimentos sociais organizam um protesto que deve ocorrer paralelamente ao sorteio das Eliminatórias para criticar as remoções forçadas e a falta de transparência nas obras para a Copa do Mundo de 2014.
O dirigente mostrou preocupação que qualquer manifestação atrapalhe a festa que acontecerá na Marina da Glória, no próximo sábado. "Espero que os protestos, se houver, não atrapalhem o sorteio. Vamos ter que fazer um sorteio com várias equipes e espero que isso não atrapalhe".
Valcke eximiu a Fifa de culpa pelo gasto da prefeitura e do governo do Rio de Janeiro de R$ 30 milhões para a realização do sorteio. De acordo com o dirigente, a entidade fez apenas requisições para que o evento acontecesse, mas a escolha de bancar o projeto foi do poder público carioca.
"Foi a cidade do Rio de Janeiro que decidiu receber os Jogos Olímpicos e a Copa. Isso transforma o Rio. Também foi uma decisão da cidade de acolher o sorteio preliminar...Nós, na Fifa, não pedimos ao Governo ou a Prefeitura para gastar esse dinheiro para o evento. Eles dediciram por isso. Se uma instituição qualquer - pública ou privada - decidir pagar por isso, essa escolha é deles".
De acordo com entrevista concedida na última terça por Joana Havelange, diretora-executiva do Comitê Organizador Local (COL), o dinheiro gasto era necessário para atender todas as requisições feitas pela Fifa. O COL nomeou a empresa GEO, que tem ligação com a Rede Globo, para organizar o evento. A GEO, por consequência, foi atrás dos patrocínios da Prefeitura e do Governo do Rio, que financiaram o alto custo do evento.
A estrutura na Marina da Glória foi inaugurada na última terça para os jornalistas, mas receberá um grande público apenas no sábado, quando acontece o sorteio, que deverá ter duração de cerca de duas horas.
Fonte: blog CEL Paulo Paúl
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