A corporação do Corpo de Bombeiros do município de Estância, que foi fundada na gestão do então prefeito José Nelson de Araújo Santos, no ano de 2000, vem passando por inúmeras dificuldades para continuar realizando suas atividades a toda comunidade da região sul do estado.
Segundo informações de moradores das proximidades do Corpo de Bombeiros, a corporação já viveu dias melhores – a estrutura física atual do prédio vem causando grande preocupação à comunidade, que afinal, necessita constantemente dos serviços prestados pelos bombeiros.
A reportagem da A Tribuna Cultural, esteve no local para averiguar qual a real situação, e constatou um quadro nada bom – a situação não é das melhores! Percebe-se no prédio a falta de manutenção e segurança: muito mato ao redor de todo pátio e poucos carros para atender as emergências.
Os bombeiros estão trabalhando apenas com dois caminhões e sem ambulância, que é necessário no socorro e assistência a doentes. O quadro efetivo dos bombeiros foi reduzido - hoje conta com, no máximo, sete homens trabalhando. Sendo que, quatro ou cinco costumam ir para as emergências, enquanto um ou dois, ficam fazendo a segurança do prédio.
Outra situação que nos chamou atenção foi a questão do deslocamento das viaturas, onde o alojamento dos bombeiros fica em frente a BR 101, numa área bastante perigosa para essas atividades, na qual não se tem visão para a saída das mesmas, existindo uma ladeira em péssimo estado, muito buraco e curva perigosíssima.
Os bombeiros contaram sobre a dificuldade que os condutores das viaturas (caminhões maiores) sentem ao manobrar naquelas proximidades. Outra informação que obtivemos, também, é que a limpeza do prédio é feita pela prefeitura, e que isso acontece raramente - com relação à falta de homens trabalhando e viaturas é realmente um problema do estado!
Segundo informações, numa administração anterior, havia um convênio de parceria com ajuda na manutenção do prédio, combustível e alguns funcionários cedidos pela prefeitura. Mas essa colaboração da PME aos poucos foi se acabando com a eleição de outros administradores.
A corporação vem se “apagando” aos poucos e o medo da população é que se faça necessário comprar um plano funerário para enterrar de vez, o corpo de Bombeiros em Estância, que, aliás, já vem sofrendo as suas “perdas”. Perdeu o serviço de excelência do SAMU, que vem deixando a desejar, deixou escapar por entre os dedos o melhor hospital da região e quase que se perdia também o IPES (esse foi por um triz).
E agora o que falta acontecer? Deixar a corporação do Corpo de Bombeiros agonizando aos poucos? Afinal esses militares têm um belíssimo serviço prestado em Estância e região! É grande o índice de acidentes na BR 101, e sabemos do esforço árduo e sacrificante que esses combatentes vivem no seu dia a dia.
O trabalho do Corpo de Bombeiros, hoje em dia, é um trabalho polivalente: além de atender a acidentes no trânsito, incêndios, acidentes domésticos, emergência médica pré-hospitalar, salvamento aquático, acidentes elétricos e hidráulicos, captura de animais e etc., prestam socorro aos problemas de ordem social, como auxiliar e defender a população de psicopatas, drogados, alcoolizados, enfim, a função dos bombeiros alargou-se para quase todas as áreas da proteção civil.
Informações dão conta que nas cidades de Itabaiana e Tobias Barreto, as prefeituras têm dado maior suporte, proporcionando a essa instituição, uma boa estrutura – disponibilizando funcionários e manutenção adequada dos prédios, além de trabalharem com um maior número de carros, inclusive ambulâncias.
O que a população estanciana espera dos governantes é que realmente exista uma parceria para não deixar essa situação se agravar, ao ponto dessa cidade perder esse auxílio e contribuição tão valiosa.
O que seria da população sem os serviços prestados desses bravos homens, que socorrem vidas? Às vezes eles as presenciam agonizar em uma estrada qualquer, mas tendo a hombridade de deixar de lado a emoção, para cumprir a tarefa que lhe cabe com êxito. Que a população de Estância tão carente de cuidados, não tenha que sofrer mais essa perda e que os políticos desta cidade sigam o bom exemplo de outros municípios – que ao invés de levar a população ao nível de pobreza e exclusão social, possam angariar mais recursos ao nosso patrimônio público.
Fonte: A Tribunal Cultural (Magno de Jesus/Jussara Assunção)
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