As declarações feitas pelo governador Marcelo Deda (PT), de que alem de atender todas as reivindicações feitas pelas policia militar e civil, o estado paga o segundo melhor salário do País, não agradou os Policiais Militares.
Na manha desta terça-feira (23), o governador Marcelo Deda, disse que só “falta eu colocar uma 45 na cintura e sair em busca de bandido”, fazendo uma longa explanação sobre o investimento feito por seu governo, em armas, equipamentos e concedendo reajuste.
Ao tomarem conhecimento das declarações do governador, o presidente e o vice da Amese, sargentos Jorge Vieira e Edgard Menezes, procuraram responder ao governador, fazendo o seguinte questionamento. “O salário do governador é um dos maiores do Brasil e por isso eu posso dizer que seu governo é bom?, pergunte a população o que acha do governo dele”, questionou o presidente da Amese Jorge Vieira, explicando ainda, que “o problema abrange outros órgãos, que segundo ele, estão inertes, a exemplo da Assembléia Legislativa, o poder executivo e a própria SSP”. O que eles tem feito para melhorar o atendimento aos jovens, criar mais campo de trabalho para os jovens. Nada”, frisou o sargento.
Vieira e Edgard, dizem que o problema da Policia Militar não está no salário pago pelo governo, “mas na forma como estamos sendo tratados. A forma como esse governo dividiu as policias, onde para nossos irmãos da Policia Civil, prédios novos, enquanto para nós PMs, somos colocados até em antigo prostíbulo, como o que esta acontecendo em Neopolis. Faça uma coisa, de dez mil reais a dois dilhos seu e depois mande um dormir na casa do cachorro e outro numa suite. Entao o proplema nao é só o dinheiro”, desabafou Edgard.
Eles alegam que está faltando por parte do governo, “uma canetada”, ou seja, que o governo tire os policiais civis e militares que estão desviados de função. Para Vieira, o sistema está equivocado em seu direcionamento e em sua gestão. O sargento diz que enquanto não houver uma reforma ampla na Secretaria de Segurança Publica, onde seja unificado os salários dos PMs, BMs e PCs, a população continuará desassistida e sem segurança. “Enquanto permanecer esse equivoco, onde nossos irmãos militares estão sendo massacrados, oprimidos, chegando a trabalhar até 72 horas por semana, a população não terá segurança. É preciso acabar com a opressão. Não é dinheiro que faz um bom policial, mas dignidade. É preciso colocar cada categoria em seu devido local. Lugar de policial militar é nas ruas e não cuidando de delegacias”, desabafou Vieira, que voltando a falar sobre o atual salário dos PMs, dito pelo governador como concedido. “Ele não nos deu nada. Tudo que conseguimos foi com muita luta e muito sofrimento. Sofrimento esse que até hoje estamos respondendo processos”, disse o sargento.
Ainda sobre os salários, o vice-presidente da Amese, Edgard Menezes, diz que “hoje ele quer pousar de bom moço, mas nós sabemos o que passamos e estamos passando. Hoje nós temos dentro da corporação, soldado da policia militar de está há 18 anos esperando uma promoção e até hoje nada aconteceu. Você veja. A lei 5699 obriga o estado fardamento completo aos soldados e cabos, três vezes por ano. Sabe o que esta ocorrendo aqui? Faz três anos que não dão o fardamento”, contou Edgard.
Ainda em tom de desabafo, os dois sargentos contam que, à época em que eram gestores da Associação Beneficente dos Servidores militares do estado de Sergipe (ABSMSE), ao lado do coronel Péricles, a associação contestou, junto ao MPE, CGE, OAB/SE, o próprio governo do estado e a Assembléia Legislativa, a permanência de um coronel R-2, (que ingressou na corporação sem concurso publico), como comandante geral da policia militar.
Segundo declarações feitas pelos sargentos, hoje está sendo montado “tentando nos tirar da policia para calar nossa voz. Mas isso não vai acontecer. Veja que descalabro estão tentando fazer. Foi montado uma comissão disciplinar que irá julgar uma ação praticada por um associação privada, que eles julgam irregular e essa comissão disciplinar, irá julgar três gestores da associação à época. Os sargentos Jorge Vieira, Edgard Menezes e o cabo Palmeira. Agora você veja se a coisa não esta direcionada. Quem vai presidir as comissões que irão julgar o Vieira e o Edgard é um coronel R-2, enquanto o coronel que irá presidir a comissão do cabo Palmeira, será um coronel de academia. Então a coisa está ou não direcionada para nos tirar da corporação e calar nossa voz”, completou Edgard.
Fonte: Faxaju
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