O deputado federal Protógenes Queiroz destacou durante seminário na Unit, o combate a corrupção e o reconhecimento da atividade policial
Seminário acontece até o final da tarde no auditório da UNIT(Fotos: Portal Infonet)
Prossegue no auditório do Bloco D da Universidade Tiradentes, Campus Farolândia, seminário promovido pelo presidente da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, o deputado federal Mendonça Prado (DEM/SE), cujo tema em debate é “A Valorização do Servidor de Segurança Pública”. Na manhã desta sexta-feira, 30, o deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB)/SP), que também é delegado da Polícia Federal, falou sobre o combate à corrupção.
De acordo com ele, a valorização da atividade policial se passa no âmbito de políticas públicas não só salarial, de infraestrutura, mas, sobretudo de gestão, que muitas das vezes essa gestão está centrada em uma das atividades fins que é combater a corrupção.
“A sua eficácia, o seu resultado está na boa atividade prestada ao estado, principalmente no que diz respeito a corrupção. Se nós fiscalizarmos, controlarmos, a atividade política, a aplicação do dinheiro público, a educação, a saúde e até mesmo da segurança pública, sobra dinheiro para nós desenvolvermos uma atividade de estado, que venha não só proporcionar a segurança do cidadão no dia a dia, do direito de ir e vir, da proteção patrimonial, mas sobretudo trazer a paz social”, entende Protógenes Queiroz.
“Acho que esse é o grande desafio da instituição policial e está centrada na sua atividade. A partir do momento que nós prendemos os corruptos, recuperamos o dinheiro público, nos dá um espaço maior de trabalho e reconhecimento não só do estado, mas da própria população, da importância que é a atividade policial”, entende.
Deputado Mendonça Prado recepciona o colega Protógenes Queiroz
Cobranças
Indagado pela reportagem do Portal Infonet quanto à cobrança da sociedade para com a atividade policial, o deputado Protógenes Queiroz lembrou o antropólogo brasileiro Roberto da Mata. “Ele trata da atividade policial com a real importância e dentro de um fenômeno que a sociedade hoje se ressente, mais ou menos aquele fenômeno do filho com o pai, do filho com a mãe. Qualquer coisa que aconteça de infortúnio ou de tragédia, dissabor na vida cotidiana, em acidentes, quando são vitimados por atos criminosos, a primeira atitude é chamar a polícia”, destaca.
O deputado disse ainda que a polícia, ela é lembrada sempre nas horas de mais dificuldades. “Essa mesma lembrança deveria proporcionalmente ter o mesmo reconhecimento, que muitas das vezes não tem. Há uma distância muito grande, uma contradição muito grande, que nós gostamos de nos servir dessa atividade policial, mas que em determinados estados da federação, se ressente um pouco a falta de prestígio, a baixa remuneração, a falta de infra-estrutura, de recursos humanos, de treinamento e até mesmo da qualificação profissional”, lamenta.
Protógenes Queiroz disse ainda que a atividade policial é reconhecida pela população como uma atividade de estado importante para a democracia brasileira. “Mas politicamente, quando se estabelecem as políticas públicas para tratar da segurança pública, não consideram a instituição policial como instituição de estado e sim como uma atividade meio, que vai servir a algum segmento e que vai ser utilizada muitas vezes politicamente para servir a uma determinada corrente política, a um determinado político, a um determinado interesse pessoal, de uma pessoa ou interesse de um grupo do que propriamente dizer que vai servir a sociedade, que vai dar segurança, que vai proteger o estado das ameaças”, enfatiza.
“Baixos salários, planos de carreiras ultrapassados ou inexistentes, falta de equipamentos e de respaldo governamental são apenas algumas das dificuldades enfrentadas pelas polícias e corpos de bombeiros no Brasil. Mas são esses profissionais os primeiros a serem cobrados pela população, em seu justo anseio por uma segurança melhor. Assim sendo, é inaceitável a situação de completa desvalorização por que passam os servidores de segurança pública em nosso país”, acrescenta o deputado da bancada sergipana, Mendonça Prado.
Mapa
O seminário foi iniciado nesta quinta-feira, 29 tendo como público alvo, estudantes do Direito, profissionais das Pllícias Federal, Civil e Militar, Guarda Municipal, Sistema Penitenciário e a sociedade de um modo geral. Na oportunidade, foi apresentado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, o Mapa da Violência no país, citando Estado de Sergipe como o 14º mais violento do país. Antes o estado aparecia no ranking como o 21º mais violento.
Segundo Julio Jacoco [diretor de pesquisas do Instituto Sangari], “a criminalidade tem migrado das grandes metrópolis para o interior e estados como Sergipe, que antes era um dos estados com menores taxas de homicídios do Brasil”.
“Baixos salários, planos de carreiras ultrapassados ou inexistentes, falta de equipamentos e de respaldo governamental são apenas algumas das dificuldades enfrentadas pelas polícias e corpos de bombeiros no Brasil. Mas são esses profissionais os primeiros a serem cobrados pela população, em seu justo anseio por uma segurança melhor. Assim sendo, é inaceitável a situação de completa desvalorização por que passam os servidores de segurança pública em nosso país”, enfatiza o deputado da bancada sergipana, Mendonça Prado.
Fonte: Infonet (Aldaci de Souza)