Inquérito que aponta ainda casos de agiotagem pode resultar na expulsão ou suspensão de 182 policiais.
O comandante da Polícia Militar de Sergipe, coronel Aelson Resende, encaminhou para o Ministério Público Militar do Estado o resultado de um inquérito que poderá render suspensões e expulsões na corporação nos próximos dias. Num esquema montado para ganhar diárias sem trabalhar e em casos suspeitos de agiotagem na PM estão envolvidos 182 policiais de variadas patentes. O suposto golpe causou um prejuízo ao Estado superior a R$ 300 mil.
O caso, cuja documentação completa foi encaminhada anteontem para a Justiça para o processo de ordenação de nomes e endereços de todos que são acusados para posterior distribuição, foi descoberto por causa da insistente incidência do pagamento de diárias a policiais e o desvio de dinheiro dessas diárias para algumas poucas pessoas, que faziam uso dos CPFs dos contemplados legalmente ou ilegalmente.
A apuração das suspeitas começou há aproximadamente três meses e nesse período muitos dos envolvidos procuraram o comando para a devolução do dinheiro que receberam ilegalmente, na tentativa de evitar o encaminhamento do caso para a Justiça. “Esse comportamento pode ser um atenuante, mas quem o adota não fica fora de um quadro de punição. Tudo vai depender do julgamento dos casos”, explicou um advogado, que optou pelo anonimato.
É bem provável que até a próxima sexta-feira toda a documentação seja entregue ao Ministério Público Militar para que o caso seja avaliado e o promotor ofereça denúncia ao juiz. “Há burburinhos na corporação há pelo menos dois meses sobre esse caso e a apuração vinha sendo feita de forma sigilosa, mas, agora, os próprios envolvidos começaram a comentar e as informações vazaram”, disse ontem um cabo da PM.
Fonte: Jornal da Cidade
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