Não é raro se ouvir certa crítica, principalmente por parte de policiais dos escalões superiores, àquele profissional que ingressou na instituição policial com a intenção de deixá-la em breve, tão logo consiga outro emprego que satisfaça suas ambições – financeiras e até mesmo vocacionais. Como se deve encarar este uso “descartável” das polícias?
Preliminarmente é preciso questionar este contexto sob outro ponto de vista: existirão policiais que ingressam nas corporações admitindo esta carreira como permanente, sem interesse de sair, mas que são “convencidos” pelas mazelas institucionais a abandonar a corporação que servem? Acreditamos que existem casos assim, onde as polícias perdem profissionais interessados e competentes, mas não adaptados a certas perversidades organizacionais – afinal, ninguém tem vocação para certas contradições.
Voltando àqueles que já ingressam nas polícias visando algo diferente, é preciso reconhecer que este fenômeno é efeito da conjuntura econômica e cultural que vivenciamos, onde as ambições estão diretamente ligadas à aquisição capitalista, e, devemos lembrar, as polícias brasileiras não são as melhores organizações para garantir certos luxos – boa parte delas sequer garante as necessidades mais básicas.
Por outro lado, lembremos que boa parte daqueles que inicialmente tinham a intenção de sair da corporação policial acabam ficando, mais por não ter conseguido algo satisfatório diferente da polícia do que por “paixão” pela corporação policial. As exigências do trabalho nas polícias, a dinâmica do serviço, que nem sempre possibilita a dedicação a outros afazeres, acaba limitando o acesso a outras carreiras.
É importante frisar, para aqueles que vêem o ofício policial como mera “ponte” para outro emprego, que é perigoso confundir vontade de sair com falta de vontade de trabalhar. Não é admissível se omitir e deturpar as missões que lhe são atribuídas motivado pelo ímpeto de abandonar a instituição, pois isto pode causar problemas extremos (e a atividade policial é uma profissão de extremos), como a perda da vida própria ou alheia.
Não é antiético querer sair da instituição policial, visando horizontes profissionais que lhe sejam mais favoráveis. Existem certos “vocacionados”, que confundem a atividade policial com a prática do extermínio e da arbitrariedade, que deveriam ser menos desejados nas polícias do que aqueles que querem “passar uma chuva”, mas que cumprem seus papéis ordinariamente. Uma coisa é certa: avançar no fomento de corporações policiais mais justas, valorizadas e bem estruturadas diminuirá cada vez mais esta debandada, e o uso “descartável” das polícias, evitando assim a perda de bons profissionais.
Fonte: Abordagem Policial (Danillo Ferreira)
Concordo com o argumento exposto no texto.Porém,devo dizer que essa vontade de sair,que se espalha por toda a corporação,não deve-se somente ao baixo salário,está também intimamente ligada a inexistente pespectiva de crescimento interno através de carreira por promoçoes e concursos,sem contar no uso do militarismo para beneficio próprio de uns.Aparelhismo sempre existiu na PM,e hoje percebemos que nada mudou,não mostrando sinais de mudança futura.Os oficiais principalmente,aparelham o estado atravéz do uso da maquina da polícia,desde o abuso de autoridade para constrangimento,perseguição e punição de policiais à logística,que deveria fazer funcionar,a favor da sociedade,a instituição PM.Não vamos mudar NADA se não acabarmos com esses erros cortando-os pela raiz,raiz essa que nada mais é que o militarismo.sendo assim,FIM DO MILITARISMO JÁ.
ResponderExcluirconcordo com o colega acima
ResponderExcluirprecisamos acabar primeiro com esse sistema nocivo para depois pleitearmos melhorias significativas na seguranca publica, impossivel trabalhar com essa maquina velha, defasada, desestruturada
Não vejo com maus olhos. Buscar melhores carreiras e melhores condições de vida não é antiético. Entretanto, é importante observar que enquanto militar o profissional se sujeita as exigencias da profissão. em síntese, enquanto estiver na corporação tem que ser bom profissional e fazer o que for necessário para bem desempenhar o trabalho policial, sobretudo, atendendo bem a população que carece de bons profissionais, que são cada vez mais raros no serviço publico em qualquer área. Mas se o policial quiser sair e prosseguir em outra carreira não deve ser mal visto.
ResponderExcluirMuitos querem fazer da atividade policial um " trampolim " . Fazem faculdade e durante este tempo tem escalas privilegiada , contudo por incompetência não passam em outros concursos e continuam na instituição eternamente frustrados , são verdadeiros mercenários pois não tem vocação para ser um policial .
ResponderExcluirVEJA,que momento estar passado a familia do CEL DOS ANJOS,até o momento não vimos o mesmo fazer a cusaçõis sou quer provar a verdade,e está sendo calúniado difamaçoeis humilhado perate a sociedade,pelo CEL BRITO QUEM EU CONFIAVA,SGT EDGAR VIEIRA,EM 2009 SABIA DO ROUBO DENTO DA CAIXA,SD DANIEL BARRETO IRMÃO DO DEP SAMUEL,sai espalhado para toda corporação que o conselho de diciplina contra lide classita motivo foi movimento toleróncia zero dirigido pela associaçõeis,O MUTIVO QUE CAIXA BENEFICIOR MUITO POLICIAL QUE NÃO TINHA MORADIA COMO APATAMENTO TERRENO E OUTROS BENS E MUITOS MAIS E O CEL DEIXOR EM CAIXA MUITO DINHEIRO PARA PAGAR EMPRESAS QUEIRE RECEBER E TEM ESQUITURA PARA PASSAR PARA NOSSO COLEGA MUITOS VÃO PERDER SUAS MORADIA, DISENDO QUE A CAIXA E PRIVADA,ELE PESSA QUE TODO MUNDO E BURRO, BOTANDO O MUTIVO NA FRENTE SENDO A LUTA DE CLASSE.
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