sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

CULPA DA INSEGURANÇA É DO BAIXO EFETIVO, DIZ MILITAR.

O efetivo da PM atualmente pode chegar a mil homens por dia

O baixo efetivo é dos motivos apontados para a insegurança da população (Fotos: Portal Infonet)

“A cobrança da sociedade é grande, as pessoas acreditam que não estamos trabalhando e que a culpa pela insegurança são dos militares. Peço desculpa a população sergipana, mas a culpa não é nossa. A verdade é que não temos efetivo na Polícia Militar. Lamenta que os nossos gestores não falem a verdade e nos culpe pela falta de segurança. Entendo que posso até me arriscar em responder a um novo processo, mas não vou ficar calado”. O desabafo é do gestor da Associação dos Militares de Sergipe (Amese), sargento Edgar Menezes, que destaca a falta de efetivo.

“O nosso efetivo de 7200 homens foi previsto quando Sergipe tinha um milhão e 500 mil habitantes, hoje nós já ultrapassamos os dois milhões de habitantes o efetivo previsto é o mesmo. Falo com conhecimento de causa, pois participei da construção da Lei Orgânica da PM realizada em junho que temos atualmente na ativa 4700 militares. O governo enviou para a Assembleia Legislativa um documento que mostrava que dentre esses 596 estão desviados de função. Na realidade esse número é bem maior, chegando a mil em desvio de função. Vamos fazer uma conta simples, você pega esses 3700 homens e retira os que estão doentes, estão em férias, licença especial e os que trabalham no administrativo do QCG, que são 319 militares. Pode ter certeza são 700 no mínimo fora da atividade, ou seja, sobraram três mil. Trabalhando um por três de folga você tem no máximo mil policiais por dia para todo o estado”, esclarece Edgar.

O sargento Edgar Menezes lamenta a falta de investimentos

Prédios

A equipe do Portal Infonet teve acesso a um documento extrajudicial onde o proprietário do imóvel, localizado no bairro Siqueira Campos, onde funciona o almoxarifado da PM, fala sobre a falta de interesse em continuar com o prédio locado a corporação e pede que em 30 dias o imóvel seja desocupado.

Procuramos o gestor da Amese que falou sobre investimento em prédios destinados a Polícia Militar.
“Como representante de classe cobramos que sejam edificadas instalações próprias para a PM. Infelizmente durante os 176 anos de existência da PM, somente o Cefap, em 1979, localizado no bairro América e depois o Batalhão em Itabaiana, no ano de 1991, são instalações destinadas a polícia. O problema é que o restante são prédios improvisados. Um exemplo é o QCG que era um colégio e fizeram somente levantar e ampliar. O 8º Batalhão é uma casa residencial, o Batalhão de Socorro era uma industria, isso falando apenas de batalhões se for para as companhias ai a situação é muito pior. Existem companhias funcionando em prédios que eram igrejas, cabarés e assim por diante”,diz Menezes que lamenta a falta de investimento nas instalações.

“É lamentável o desprestigio da PM. Uma polícia que hoje é a sexta ou sétima mais bem paga do país ser exposta dessa forma, mas não podemos nos calar diante de uma situação como essa”.

A notificação extrajudicial para desocupação do prédio

Comando

O assessor de comunicação da PM, capitão Charles Victor, disse que desconhecia o documento extrajudicial, mas esclarece que o comando chamou o proprietário do prédio para negociar o valor do contrato. O imóvel estava alugado por R$6 mil mensal e o proprietário pedia o valor de R$ 10 mil para renovar o contrato.

“A polícia chamou o proprietário para tomar conhecimento a cerca da decisão do Crafi [Conselho de Reestruturação Administrativa e Financeira] que não aceitou o valor de R$10 mil. O proprietário se mostrou irredutível e foi feita a promessa de devolução do prédio. O prédio estava alugado há quatro anos, o valor do contrato era de 6 mil a parcela mensal a polícia pagava esse valor para o ano todo. Não existiu uma cobrança judicial a divergência foi a cerca do valor pedido pelo proprietário do prédio que era de R$10 mil. A Cehop, por meio do Crafi estipulou um valor de R$7 mil”, explica o assessor.

Com a quebra do contrato o almoxarifado funcionará provisoriamente em uma sala do prédio do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cefap).

Documento mostra dias em atraso e o valor do contrato de mais de mais de R$68 mil

Fonte:  Infonet (Kátia Susanna)

Um comentário:

  1. Estão perseguindo a todo custo o soldado Stênio que trabalha no quartel dos Bombeiros de Itabaina. Nosso caro colega teve a coragem de solicitar uma ordem por escrito para dirigir uma viatura. Indignado com a sensatez do soldado, o Tenente Pereira o ameaçou afirmando que o perseguiria pela falta de companheirismo. Corajoso, o soldado enviou parte para o comandante do Grupamento alertando o mesmo do fato, pois ameaça de militar contra militar é crime!

    Vergonhosamente nossa instituição abriu PAAD contra o tenente e o soldado e o veredicto VEROGONHOSO vocês podem ler abaixo:

    1 - HOMOLOGAÇÃO DE PAAD (PROCESSO ADMINISTRATIVO DE APURAÇÃO DISCIPLINAR):

    I – PARTE EXPOSITIVA
    Portaria: nº 162/11/PAAD-AG, de 26.10.11.
    Encarregada: 2º Ten. BM ANTENORA MARIA PACHECO LINS, RG nº 200.200.500.758-0/Al.
    Disciplinados: 2º Ten. Diêgo Pereira Azevedo

    Sd. Stênio Cledson Esteves dos Montes
    II - PARTE CONCLUSIVA

    PARECER DA ENCARREGADA: Diante do exposto, a encarregada verificou que foram cometidas transgressões disciplinares tanto pelo então
    Asp Oficial Diêgo Pereira Azevedo e pelo Sd Stenio Cledson Esteves dos Montes. Conforme exposições a seguir:

    Em relação ao Aspirante, a atitude de não comunicar o soldado em tela não poderia passar despercebido, pois essa tarefa é essencial para a manutenção da Hierarquia e da Disciplina, incorrendo, dessa forma, no item 4, do anexo I
    do RDE “Deixar de exercer autoridade compatível com seu posto ou graduação”.

    Já em relação ao Soldado, o militar arrolado não deveria exigir a determinação por escrito, haja vista que a mesma não se tratava de determinação ilegal. Portanto, quando não atendeu prontamente a determinação verbal,
    incorreu no item 17 do anexo I do RDE “Deixar de cumprir ou alterar, sem justo motivo,as determinações constantes da missão recebida, ou qualquer outra determinação escrita ou verbal”.

    PARECER DO SUBCOMANDANTE GERAL DO CBMSE:
    Resolvo, então, que sejam tomadas as seguintes medidas administrativas:

    a) Concordo com o parecer a que chegou a encarregada do PAAD;
    b) Aplicar as punições para os disciplinados;
    c) Publicar a solução deste PAAD em BGO;
    d) Arquivar os Autos deste na Corregedoria Geral do CBMSE.

    Aracaju/SE, 28 de novembro de 2011.

    IONALDO SANTOS – Ten. Cel. QOBM.
    Chefe do EMG-CBMSE

    2 - DISCIPLINA

    1 – NOTA DE PUNIÇÃO DISCIPLINAR – Punição disciplinar imposta pelo Subcomandante Geral do CBMSE ao Sd. BM nº 537 Stênio Cledson Esteves dos Montes, RG 1.297.764, por ter deixado de cumprir determinação de superior hierárquico (nº 17 do anexo I, RDE) e por censurar ato de superior hierárquico ou procurar desconsiderá-lo seja entre militares, seja entre civis (nº 99, idem), incidindo as agravantes do incisos II e VI (alínea a),
    ambos do artigo 20, tudo do RDE; transgressão grave; fica preso por 02 dias no 3º GBM – Itabaiana/SE; permanece no “comportamento Bom”. Em consequência:
    a) Punição imposta em solução a Homologação do Processo Administrativo de Portaria nº 162/11, de 26.10.11, publicado neste BGO;
    b) Interessados e responsáveis tomem conhecimento e providências a respeito.

    PRAÇAS, NÃO DÊEM JEITINHO PRA AJUDAR A INSTITUIÇÃO! A INSTITUIÇÃO SÓ QUER F*** COM VOCÊ. NÃO DIRIJAM! PARA DIRIGIR VIATURAS DO CBMSE É NECESSÁRIO SER DO QUADRO DE CONDUTORES E TER CURSO ESPECÍFICO COMO DIZ O CONTRAN!

    DIRIGIR VIATURAS SEM ESSES PRÉ-REQUISITOS É ILEGAL! ORDEM DE SUPERIOR NENHUM ESTÁ ACIMA DAS LEIS DESTE PAÍS!

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