Os representantes da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (AMESE), sargentos Jorge Vieira da Cruz e Edgard Menezes, presidente e vice, responderam em 2011 a 28 procedimentos (IPMs) dentro da corporação.
Os dois militares que estão sempre à frente dos movimentos em prol de melhorias para a corporação, devem bater um recorde este ano, em responder a inquéritos. Só no mês de janeiro de 2012, Vieira e Edgard já responderam 22 Inquéritos Policiais Militares (IPMs), tudo por conta dos movimentos realizado.
As reivindicações, embora a luta já passa de oito meses, não foram atendidas pelo governo do estado que se comprometeu, em julho do ano passado, a encaminhar para Assembléia Legislativa, o projeto elaborado pelas Associações Unidas, onde eles reivindicam a definição da carga horária, exigência de curso superior para ingresso na corporação, ticket alimentação, entrega de fardas cabos e soldados. O projeto foi elaborado, entregue ao governo, porem “repousa em uma gaveta no Palácio dos Despachos”.
Ao contrario do que acontece no vizinho estado da Bahia, onde policiais militares se aquartelaram na Assembléia Legislativa, em Sergipe os movimentos são pacíficos e ordeiros. Lá foi preciso a intervenção do Exercito e Policia Federal para tentar manter a ordem, enquanto aqui, mesmo com movimentos pacíficos, o que acontece são apenas IPMs.
Sem acordo com o governo do estado, os PMs e BMs deflagraram o “Movimento Tolerância Zero II”. Na assembléia realizada pelas Associações Unidas, foi decidido que os PMs e BMs não iriam mais trabalhar em suas folgas. Alem disso, os militares resolveram também cumpri aquilo que eles obrigam o cidadão comum a fazer: “cumprir a Lei”, ou seja, só iriam conduzir viaturas que estivessem devidamente legalizadas. Essa situação acabou criando uma certa confusão, já que com essa decisão, foi descoberto que a maioria da viaturas da PM/SE, circulavam de forma irregular. Sem estarem devidamente licenciadas.
No Pré-Caju, as Associações Unidas também mostraram a força que tem junto a tropa. Após a decisão de não trabalharem em seus dias de folga, cerca de 60% dos policiais escalados não compareceram para trabalhar.
Outros policiais também estão respondendo a IPMs, porem em “menor escala”. Há quem diga (nada oficial, apenas comentários feitos no meio da tropa), que os sargentos Edgard, Vieira e mais quatro PMs estão “escalados” para serem expulsos da corporação, tudo por conta de terem um certo domínio sobre os colegas, no que se refere as reivindicações. Isso pode não ocorrer, mesmo contrariando a quem interessa tê-los fora da corporação, uma vez que mesmo sendo “campeões em responder IPMs” eles foram e estão sendo inocentados em todos. Até o momento.
Enquanto isso, com tantos IPMs abertos, e ocupando outros militares para realizarem os procedimentos, só neste domingo, em duas cidades do interior, um vereador, um agricultor e um motorista foram assassinados. E para surpresa da população desses dois municípios, nas delegacias não havia policia. Nem Civil e nem Militar, muito menos delegado. É de se pensar. E preocupar.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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