sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

GOVERNADORES USAM GREVES PARA ENTERRAR A PEC 300 NO CONGRESSO NACIONAL.

Na sequência da repercussão negativa das greves policiais por maiores salários no país, governadores aproveitaram para mobilizar as bancadas no Congresso para enterrar a votação da PEC 300 -proposta de emenda constitucional que estabelece a obrigatoriedade de um piso nacional para bombeiros e policiais militares.

Desde novembro do ano passado, movimentos de paralisação de policiais militares atingiram Maranhão, Ceará, Bahia e Rio de Janeiro. Na Bahia, Estado que mais sofreu, foram cometidos mais de 150 homicídios nos 12 dias de greve. A greve, realizada às vésperas do Carnaval, também afetou o turismo no Estado.

Dois governadores confirmaram à Reuters, sob condição de não serem identificados, que têm mantido conversas com as bancadas de seus Estados e também com ministros do Planalto para não só evitar que a proposta entre na pauta da Câmara, mas desmantelar um futuro acordo sobre o tema. Segundo eles, diversos governadores têm mantido conversas semelhantes com parlamentares.

Uma das propostas para o piso nacional que seria criado pela PEC 300 é tomar como base o salário pago aos policiais militares do Distrito Federal, o mais alto do país e que é pago pela União.

Já o governador do Ceará, Cid Gomes, que enfrentou a greve da polícia recentemente, afirma que a discussão da proposta no Congresso facilitou o entrosamento de policiais de Estados diferentes.

A PEC 300 nasce de uma premissa absurda. Como o Piauí vai conseguir pagar a realidade de Estados mais ricos?, argumenta Gomes.

Nos quatro Estados que enfrentaram mobilizações, o reajuste salarial era a principal reivindicação dos grevistas. Em alguns casos, bombeiros, policiais civis e agentes penitenciários aderiram ao movimento.

A fixação de um piso é razoável, mas ele tem que levar em conta a realidade distinta dos Estados, afirmou Cid Gomes.

Na Câmara, havia poucas chances de que o tema entrasse em votação nos próximos meses, por se tratar de ano eleitoral -quando o Congresso vota poucas proposições entre julho e novembro. A pressão dos deputados pró-policiais, entretanto, incentiva a mobilização do setor para forçar a pauta.

Nos últimos dias, até mesmo parlamentares que defendem a votação imediata do piso nacional como forma de melhorar a situação da segurança no país reconheceram que as manifestações enfraqueceram a legitimidade do pleito.

(A greve) é o pretexto para que a PEC 300 não seja votada. Não há mais disposição da Câmara em votar, não há disposição do governo em votar, afirma o líder do PR, Lincoln Portela (MG), defensor da proposta.

O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), também reconhece que o grau de radicalismo das greves e manifestações pelo país prejudicaram a tramitação do texto.

Na Câmara, um movimento oposto tem defendido o ressurgimento de outra PEC, a 102, que trata da unificação das polícias civis e militares -tema polêmico nas corporações. O texto também fala da criação de um piso nacional, que não o do Distrito Federal.

OPORTUNISMO

Segundo o ex-secretário nacional de Segurança Pública e coronel da reserva da PM de São Paulo José Vicente da Silva Filho, a bandeira da reivindicação salarial tem sido o estopim para que sejam deflagradas crises, como as ocorridas nos últimos meses.

O que tem acontecido é o oportunismo de algumas lideranças de alguns Estados que se aproveitam da instabilidade na gestão de segurança em algumas localidades, disse Silva Filho.

Ele comenta que, ao mesmo tempo que líderes de associações de PMs buscam como piso o salário pago no Distrito Federal, os policiais de Brasília e arredores também preparam mobilização por reajuste.

O pessoal de Brasília está sem limite de senso de oportunidade, disse o ex-secretário. O piso lá é 35 mil dólares anuais, é piso de primeiro mundo já.

O que eles querem é aproximadamente 50 por cento a mais. Aí eles vão ganhar mais que o policial de Nova York, que não tem décimo terceiro nem aposenta aos 30 anos (de carreira) com salário integral. Vão fazer fila aqui no consulado para serem policial do Distrito Federal, acrescenta.

Para o ex-secretário, a PEC 300 é basicamente um piso para os policiais militares, não uma solução geral para o problema salarial das polícias.

Além disso, argumenta, aumento salarial ajuda a melhorar a dignidade do policial, mas não ajuda a melhorar a segurança. Se não o Distrito Federal seria campeão de segurança no país, e não é.

Fonte: www.estadao.com.br

7 comentários:

  1. EDGAR GOSTARIA DE SABER SOBRE PROMOÇÃO POR MERECIMENTO SE REALMENTE VAI AMPLIAR, DE SAGENTO A CORONEL. PORQUE PROMOÇÃO POR MERECIMENTO VAI PIORAR A SITUAÇAO DA INSTITUIÇÃO, POIS VAI VIRAR UMA PM DE FAVOR A POLITICO. A LEI DA POLICIA CIVIL ELIMINA ESSE TIPO DE PROMOÇÃO ENQUANTO NÓS ESTAMOS AMPLIANDO. ERA MELHOR TODO POR TEMPO DE SERVIÇO.

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    1. concordo.só vai ter merecimento aquele que tem peixe.

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  2. E Agora já que fui transferido para neopolis, estou pagando para almoçar, tomar café e jantar. E cadê a comida da Polícia militar. Não sei que faço nem se quer recebir a ajuda de custo. Não sei o que fazer, meu Deus, que nem a PGE, nem o Governo, Nem os desembargadores e nem o ministério público não ver isso. Tratando os policiais militares sem alimentação adequada, que por sua vez não recebemos a gratificação de alimentação. pense como estou.

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    1. Recruta 2006
      Parceiro, a culpa desse sofrimento não é do Sgt Edgar, nem mesmo sua. A culpa é da cumplicidade, do conluio, dos 'Poderes Públicos' do nosso Estado que não cumprem suas obrigações, ao contrário de nós - que nos esforçamos para prestar um bom serviço a Sociedade Sergipana.
      Diante disso, o que podemos fazer? Apertar mais o parafuso deles para, ou torar esse 'parafuso' e fazerem o que é certo, ou ajustar bem firme para passar a cumprirem suas obrigações.
      Como fazer isso? Apertando o cinto, criar estratégias, ser paciente, e aprender bem a 'jogar o jogo'.
      O comando e o nosso Governador não estão nem aí por nós. Se nós não nos mexermos e fazer acontecer, quem é que fará isso por nós???
      Coragem irmão. E boa sorte para TODOS NÓS.
      Como diria o Cap Mano: "QUE DEUS NOS AJUDE E OLHE POR NÓS!" - Pois nosso comando não está fazendo sua parte!

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  3. 1º SGT. ANTIGÃO PREOCUPADO17 de fevereiro de 2012 às 23:05

    EDGAR, QUANTO AOS 1º SGT QUE ESTÃO ATRASADOS PARA IR A SUB TEN. E DEPOIS PARA IR A OFICIAL QOAPM, NO PRESENTE NÃO PRECISA TER NÍVEL SUPERIOR, E COM A LOB VAI SER PRECISO? OU OS ATUAIS 1ºSGT E SUB TENS, JÁ TEM DIREITOS ADQUERIDOS? PORQUE OS MAIS PREJUDICADOS ATÉ AGORA FORAM OS 1ºSGT E SUB-TEN. ME RESPONDA POR FAVOR.

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  4. Recruta 2006
    Parceiro, a culpa desse sofrimento não é do Sgt Edgar, nem mesmo sua. A culpa é da cumplicidade, do conluio, dos 'Poderes Públicos' do nosso Estado que não cumprem suas obrigações, ao contrário de nós - que nos esforçamos para prestar um bom serviço a Sociedade Sergipana.
    Diante disso, o que podemos fazer? Apertar mais o parafuso deles para, ou torar esse 'parafuso' e fazerem o que é certo, ou ajustar bem firme para passar a cumprirem suas obrigações.
    Como fazer isso? Apertando o cinto, criar estratégias, ser paciente, e aprender bem a 'jogar o jogo'.
    O comando e o nosso Governador não estão nem aí por nós. Se nós não nos mexermos e fazer acontecer, quem é que fará isso por nós???
    Coragem irmão. E boa sorte para TODOS NÓS.
    Como diria o Cap Mano: "QUE DEUS NOS AJUDE E OLHE POR NÓS!" - Pois nosso comando não está fazendo sua parte!

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  5. faltou encerrar a matéria falando dos salarios e beneficios dos políticos que estao acima do primeiro e até hj continua a corrupcao de 5 mundo (se isto existe..)!

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