Na manhã de quarta-feira (01), em entrevista ao jornalista André Barros durante o Sergipe Notícias, apresentado na TV-Atalaia, o deputado estadual Capitão Samuel Barreto (PSL) falou sobre os problemas enfrentados pelos policiais.
Sobre a relação à ausência dos policiais no Pré-Caju, o parlamentar disse que não deu incentivo à ação. “Na verdade, há uma falta de policiais civis e militares em Sergipe. Há vários anos tentamos evitar problemas, mas os presidentes das entidades não aguentam mais promessa. As autoridades vivem protelando a solução das questões. Jamais incentivei a categoria a prejudicar a sociedade. Pelo contrário, eu insuflo para trabalhar mais, como fiz no Pré-Caju, no show de Rita Lee, no Projeto Verão”, afirma.
De acordo com o deputado, o efetivo da polícia responsável pela segurança é insuficiente e, por conta disso, muitos precisam fazer hora extra. Diante das promessas não cumpridas, a categoria acabou se revoltando e decidiu que não trabalharia mais fora da escala. Outro problema levantado por Samuel é a irregularidade das viaturas. “70% delas apresentam problema. Não sei o que está faltando para providenciar a licenciatura. Com a palavra, os gestores”.
Questionado sobre o posicionamento do governador Marcelo Déda (PT) em relação ao “boicote” dos policiais no Pré-Caju, Samuel diz que “o governador pode ficar da forma que bem entender. Acho que um diálogo resolve tudo. Sem comunicação não haverá solução para os problemas. Algumas atitudes tomadas não são suficientes para resolver tudo que a categoria tem passado”.
Segundo o parlamentar, os policiais sequer podem marcar uma viagem com a família, pois os mesmos não têm férias. “A nossa classe precisa de mais respeito. Todos elogiaram o profissionalismo dos policiais no episódio que envolveu a cantora Rita Lee. Na hora de os gestores votarem nos direitos da polícia, ninguém colabora”, diz. Falando em questões salariais, o deputado acha que os assessores do governador precisam andar mais pelo país. “O Brasil inteiro está caminhando para a valorização da segurança pública. Assessores do governo se equivocam ao passar as informações de um salário de R$ 3.200,00 para o soldado. Na verdade, o salário é cerca de R$ 2.500,00”, afirma.
Sobre novos nomes para a segurança pública do estado, Samuel confirma alguns comentários: “de fato, já estão surgindo comentários a respeito da ida do coronel Iunes para o comando da Polícia Militar e Everton para o comando da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Se o governador quer que a bandidagem tenha medo do comandante, Iunes é um bom nome. Se quiser uma polícia que converse e dialogue, pode escolher outro. A forma como se quer conduzir define o nome. Sergipe é um estado pequeno e tem total condição de ter uma segurança exemplo para o país”, finaliza.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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