quinta-feira, 22 de março de 2012

DIEESE CONTESTA JOÃO ANDRADE E DIZ QUE FINANÇAS DO ESTADO VÃO BEM.

Desde o início do ano, foram divulgadas diversas informações acerca da economia sergipana. Cortes no orçamento e redução de gastos deram a entender que o estado não tinha equilíbrio financeiro. No entanto, de acordo com o economista Luiz Moura, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o caixa do Governo não está baixo. "O secretário da Fazenda, João Andrade, disse que houve um problema em relação ao fundo de pensão, mas o próprio governador afirmou que o estado está equilibrado. Aconteceu que, pela primeira vez nesses cinco anos de mandato de Marcelo Déda (PT), foi ultrapassado (0,3%) o limite prudencial, nada tão absurdo", revela Luiz Moura em entrevista aos jornalistas André Barros e Rosalvo Nogueira durante o Jornal da Manhã, na Jovem Pan.

Segundo o economista, o governador também deixou nas entrelinhas que vai fazer a reposição da inflação. Essa medida interfere nos funcionários da administração direta (que pleiteiam o plano de cargos e salários) e também provocará mudanças no magistério. Para Luiz Moura, haverá grande insatisfação por parte da categoria. "Há uma briga específica pelo piso salarial, com reajuste de 22%. A classe entende que essa porcentagem deve ser paga integralmente a todos. Uma parcela dos professores receberá os 22%, mas uma grande maioria terá entre 5% e 6%. É claro que isso vai gerar um grau de insatisfação por parte de aproximadamente 20 mil professores da rede estadual", ressalta.

De acordo com o economista, a Lei da Transparência vai proporcionar aos cidadãos mais conhecimento sobre a economia do estado. "A partir de maio, qualquer cidadão, passando um requerimento para o Estado, tem o direito de receber informações, por exemplo, sobre quantidade de cargos comissionados, de pessoas aposentadas", afirma. Na última quarta-feira (21), o Dieese divulgou um levantamento informando que a maior parte dos trabalhadores obteve, no ano passado, reajuste acima da inflação. "Essa pesquisa tem mais de 700 categorias, apenas com a iniciativa privada. Esse é um bom parâmetro para discutir a questão do reajuste dos servidores. São 2% ou 3% acima da inflação e, por essa lógica, se o Governo do Estado imitasse a iniciativa privada, teríamos um aumento superior aos índices inflacionários. Mesmo assim, ainda existiriam problemas com as duas categorias que citei anteriormente: administração direta e professores", salienta.

Fonte: Universo Político (Lays Millena)

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