LOJISTAS PEDEM SEGURANÇA.

Até parece que já sabem os horários", disse um comerciante, que preferiu o anonimato.

Comerciantes instalados nas ruas Florentino Menezes, Santa Rosa, José do Prado Franco e avenida Carlos Firpo, no Centro da capital, estão preocupados com a onda de crimes registrada na área, que já é conhecida como "cracolândia" devido ao domínio exercido por usuários e traficantes de drogas. Além dos casos mais frequentes que são assaltos e furtos, na região já ocorreram homicídios que, segundo a polícia, têm relação com o tráfico. O alvo mais recente dos marginais foi uma loja de produtos religiosos. Na madrugada da última terça-feira, depois de danificar a porta, desconhecidos levaram dinheiro e várias mercadorias.

Embora reconheçam que equipes da Polícia Militar (PM) realizam rondas pela localidade, os comerciantes afirmam que essa ação não é suficiente para barrar o avanço da criminalidade. "Eles – os criminosos – esperam a polícia passar para depois agir. Até parece que já sabem os horários", disse um comerciante, que preferiu o anonimato.

Segundo ele, algumas lojas estão apelando para a contratação de segurança particular, mas os vigilantes também têm sido alvo dos criminosos, que ficam fazendo ameaças. Ficar com as lojas abertas a partir das 18 horas é uma atitude de risco para os comerciantes.

"Se a gente precisar fazer algum serviço e ficar até mais tarde corre o risco de ter o estabelecimento assaltado", disse o comerciante, que cobra mais ação por parte das polícias Civil e Militar. Para quem é dono de estabelecimento comercial ou trabalha na área, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) deveria voltar a realizar operações no Centro, fazendo abordagens e fiscalizando as pousadas, que muitas vezes acabam servindo de abrigo para os traficantes. "Quando Luciano Cardoso estava na 2ª DM ele desenvolveu um trabalho excelente prendendo traficantes e outros criminosos que agiam na área. Depois que foi transferido parece que esse trabalho caiu no esquecimento", comentou um empresário.

Incidência

A falta de segurança também atinge quem precisa passar pelo Centro no horário da noite. Na última terça-feira, três homens armados abordaram um autônomo nas imediações da rua José do Prado Franco. De acordo com informações de policiais, o fato aconteceu por volta das 18 horas e um dos assaltantes levou a vítima até uma agência bancária, onde foi obrigada a sacar R$ 600. Além do dinheiro, o trio, que fugiu em duas motos de marca e placas não identificadas, levou aparelho celular e o relógio de pulso.

Outro assalto aconteceu nas imediações do Terminal Rodoviário Luiz Garcia. A vítima foi cercada por três homens e um deles a imobilizou. Em seguida, os comparsas se apossaram de documentos pessoais e R$ 130 e fugiram sem deixar pistas.

Fonte:  Jornal da Cidade