O presidente da Associação dos Militares do Estado de Sergipe (AMESE), segundo sargento Jorge Vieira da Cruz, após responder a vários IPMs e Conselhos de Disciplina, vai mesmo ser transferido para a reserva. Corregedor discorda do recurso e mantém punição ao militar.
O ultimo Conselho enfrentado pelo militar, o considerou culpado das acusações e por unanimidade o condenaram. O Conselho presidido pelo coronel Enilson e acompanhado pelos capitães, Denis e Geovânio, decidiram por 3 votos a favor da condenação do sargento. Os três oficiais votaram a favor da condenação, ou seja, concluíram que ele é culpado pelo que foi investigado, já que estava sendo acusado de crime de motim.
Após o parecer do Conselho e pela deliberação de mandá-lo para a reserva, o advogado de defesa do sargento, Marcelo Fonseca, entrou com um recurso, junto ao comando geral, discordando da decisão do Conselho.
O comandante por sua vez, ao receber a contestação feita pelo advogado, encaminhou o recurso para o corregedor da policia, coronel Vieira que discordando da defesa feita pelo advogado, emitiu parecer contrário, e com isso, a decisão da reforma do sargento deve sair nesta semana.
Uma das acusações atribuídas a Vieira, foi a deflagração do movimento Tolerância Zero, que à época foi uma decisão tomada pelas Associações Unidas, e encabeçada também pelo deputado estadual capitão Samuel Barreto (PSL). Recentemente os militares estavam se dirigindo ao quartel para o serviço, sem o uniforme e isso acabou resultando em IPMs a alguns policiais. Essa situação foi causada, pela falta de fardamento que deveria ser entregue todos os anos aos PMs e que isso não acontece a mais de três anos. Todos esses movimentos foram deflagrados, após o governo do estado ter acordado alguns pontos com os policiais e não ter cumprido, à época.
Alguns policiais militares, temendo represálias, preferem não se expor, porém afirmam em off, que “isso é coisa orquestrada e que já vinha sendo preparado a muito tempo para tirar Vieira da corporação. Ele atrapalha o sistema e desagrada alguns políticos. Político forte e que recentemente teria dito que até julho ele (Vieira) estaria fora da corporação. Veja o que aconteceu. Por isso não podemos nos expor. Nós somos funcionários públicos, porem somos tratados de forma diferenciada. Ou nós dizemos amém a esses políticos, ou teremos a mesma sorte de Vieira”, desabafou o policial militar.
Esse policial vai ainda mais longe e afirma que também “já arrumaram a mala do sargento Edgard Menezes, capitão Ildomário e major Adriano Reis. A mala do capitão Samuel só não está sendo arrumada para também ir para casa mais cedo, porque se elegeu deputado estadual”, contou o militar.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)