Na manhã desta terça-feira, dia 8, o deputado estadual Capitão Samuel (PSL/SE) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa e reproduziu uma entrevista do governador Marcelo Déda, concedida à imprensa sergipana, onde o chefe do executivo comenta o código disciplinar enviado para a Assembleia Legislativa na semana passada, e tenta envolver a sociedade com casos isolados como por exemplo o caso ocorrido no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) e o caso Jonathan, fato que levou o deputado Samuel Barreto a se pronunciar no parlamento. “O que a atual legislação prevê em relação ao caso Huse e o caso Jonathan? No caso Jonathan a legislação atual diz: que a polícia civil deverá investigar, Polícia Civil não é a militar, apontar os culpados e encaminhar a justiça. A Polícia Civil está investigando, no caso do HUSE e a Polícia Civil deverá tomar os depoimentos, investigar, definir autoria e encaminhar a Justiça, a Polícia Civil está fazendo. Em relação a Polícia Militar o que ela deve fazer? Abrir um procedimento administrativo para excluir o policial que cometeu aquele ato e encaminhar para a Justiça para dizer se é correto ou não, se aceita ou não. Todos esses procedimentos eu quero deixar claro para a sociedade, com a legislação atual, foi feito. Não precisou de um código de disciplina novo para que a sociedade venha se defender dos maus policiais não”, afirmou o deputado. O Capitão Samuel disse que a sociedade precisa é de um comandante forte que chegue lá e faça cumprir a legislação atual. E deixou claro que o governador desconversou quando a imprensa questionou sobre as associações militares. “Interessante, foi feita uma pergunta para ele sobre a questão de associações e ele desconversou a constituição e saiu, mas está aqui, “proibido participar de associação, associar-se, tá aqui no código disciplinar dele”, frisou o parlamentar que retrucou o código dizendo que está garantindo na Constituição o direito de se associar. O deputado fez um comparativo entre os oficiais militares hoje associados a uma entidade representativa de Sergipe, a exemplo da (Assomise), e o atual código disciplinar. “Se hoje esse código for aprovado o comandante geral da PM e o subcomandante são sócios da ASSOMISE, associação que eu presidia, eles têm que ser punidos hoje, assim que sair daqui e sancionar vão começar a aprender o comandante, o subcomandante, o chefe de segurança do Governador, o major Eduardo, major Cledison, a maioria dos policias, agora vão prender no mínimo 80% da Polícia e esse policial que está com o governador, será que ele é mau?”, indagou o capitão Samuel. Samuel Barreto alertou que o regulamento disciplinar não resolve problemas de crime e traz coisas subjetivas. O deputado leu vários artigos contidos no código enviado para a Alese e ressaltou a importância da democracia tal qual um artigo que fere a Constituição quando faz divergir crenças religiosas. “Se por acaso o evangélico fazer uma crítica ao capitão que é padre Capelão é punição grave, se discordar o evangélico do católico lá dentro do quartel é outro crime” enfatizou o parlamentar que disse ser laico o Brasil que vivemos.
Fonte: Alese
Nenhum comentário:
Postar um comentário