Audiência discutiu situação do HPM (Foto: Monique Garcez/Estudante UFS)
“O Hospital da Polícia Militar (HPM) passa por sérios problemas”. Foi com essa frase que se iniciou a audiência no Ministério Público Estadual (MPE) na manhã de ontem, 22. De acordo com o diretor do HPM, Ten. Cel. Lincoln, os problemas giram em torno da falta de repasse de verba pública para o hospital. Segundo ele a Fundação Hospitalar da Saúde e o Ipesaúde devem um Milhão de reais ao hospital.
Ainda segundo o tenente, a verba que seria repassada ao HPM seria de R$200 mil, mas somente R$ 100 mil, 50% do valor, foi pago este ano. Contudo, explica que as despesas correntes do hospital são de R$ 200 Mil, uma vez que atende policiais militares, servidores do estado conveniados com o Ipesaúde e policias civis.
Prazo
O promotor de Justiça, Fabio Viegas, disse durante a audiência, que a ocasião era apenas de discussão e pediu que a Diretoria do HPM encaminhe ao órgão, no prazo máximo de 20 dias, um relatório contendo a atual situação da unidade hospitalar.
(Foto: Monique Garcez/Estudante UFS)
Inspeção
Em Abril deste ano, os promotores de justiça Euza Missano e Fábio Viegas, visitaram as instalações do HPM e constatou que o déficit de pessoal é um dos maiores problemas do hospital. De acordo o Sargento Vieira, os problemas são muitos, a começar pelas condições do laboratório para a realização de exames simples. Ele relatou ainda que a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) possui cinco leitos, mas somente três funcionam. Contudo, durante a audiência, foi informado que na UTI coportam 6 leitos.
“O hospital não tem condições de funcionar sem os repasses dos recursos. Em 2006 o HPM chegou a receber 350 mil de repasse, mas esse valor foi reduzido e hoje, o hospital convive com uma verba de R$ 50 mil. Como é que o hospital vai funcionar desse jeito? Ninguém sobrevive sem recursos. Isso é uma estratégia para tomar o hospital da polícia, é uma questão política e não falta de ingerência. Eles estão matando o hospital aos poucos”, relata.
Faltam funcionários
Durante a audiência foi levantada a questão da quantidade necessária de funcionários na UTI, uma vez que foi contatado durante a inspeção que faltam equipamentos, equipes profissionais para manter os outros leitos de UTI em atividade, médicos e enfermeiros.
IPESAÚDE
A assessoria de comunicação do Ipesaúde nega que existam débitos pendentes com o HPM. “Os débitos que existiam já foram quitados e não chegavam a esse valor. As faturas de Janeiro, Fevereiro e Março deste ano totalizavam R$380 mil e foram quitados na semana passada”, afirmou o assessor do Instituo, Vinícius Barbosa.
O Portal Infonet entrou em contato com a assessoria de Comunicação da Fundação Hospitalar, mas até o fechamento da matéria, não obtivemos resposta.
Fonte: Infonet (Eliene Andrade)
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