Depois de passado 1 ano do ocorrido com a policial militar Ediana Barbosa Oliveira, na manhã de hoje dia 10/04, na 6ª vara criminal da auditoria militar teve início a audiência de qualificação e instrução referente ao suposto crime de abandono de posto de serviço, cometido pela Pm .
A audiência conduzida pela juíza de direito Juliana Nogueira, contou com presença do representante do ministério público promotor Leydson Gadelha, o advogado de defesa Gerson Carvalho e os oficiais da polícia militar Ten. Gilmeire e Major Ianderson.
Inicialmente lido os direitos da ré, a juíza informou à interrogada que aquele momento era para que a mesma se defendesse das acusações que lhe eram imputadas e em seguida solicitou que a policial relatasse na íntegra o ocorrido no dia 04 de abril de 2011.
Ediana que se encontra em seu 5º mês de gestação, estava visivelmente abalada e relatou que mesmo estando de atestado médico, preferia que se realizasse a audiência para que ela tivesse uma gestação mais tranqüila. Depois de descrever todo o fato, perguntas foram elaboradas para a militar por todos que compunham a comissão julgadora.
Ao final, a auditora militar agendou nova data para oitivas do denunciante e das testemunhas de defesa e acusação que ocorrerá no dia 12/06/2012 às 08hoomin, na 6ª vara criminal.
Acompanharam atentamente a audiência a presidente da ASIMUSEP Svetlana Barbosa e a vice- presidente Jô Pache, o deputado estadual Cap. Samuel, os gestores da Amese Sgt Vieira e Sgt Edgar e o gestor da Assipes, Marcelo Soares.A Secretária Especial de Políticas Públicas para as Mulheres a Srª Maria Teles, mesmo estando em Brasília fez questão de demonstrar seu incondicional apoio à militar, enviando duas representantes para que a deixasse a par de todo o ocorrido.
Para Svetlâna Barbosa, essa etapa foi muito satisfatória ,pois mesmo sem uma sentença definida, Ediana e seu advogado tiveram a oportunidade de mostrar ao júri que os motivos pelo qual Ediana se afastou do local de serviço, foi a falta de estrutura física daquele PAC, que impossibilitava a militar atender suas necessidades fisiológicas, e conforme acostado nos autos, o Boletim Geral Ostensivo nº 151 /2011 demonstra que essa problemática já era conhecida pelo comando , pois em convocação, o comandante solicita que todas as policiais femininas que se encontravam em locais inadequados, solicitassem suas transferências para locais com tais estruturas. Segundo a presidente, o importante também foi esclarecer que hora nenhuma esse afastamento momentâneo trouxe prejuízo à sociedade ou a algum colega de Ediana e que espera que esse caso sensibilize aos gestores para necessidades específicas das servidoras de segurança publica.
A ASIMUSEP agradece a todos da impressa e da sociedade civil , que estão acompanhando esse caso e conta com todos para mobilizações futuras.
Fonte: Ascom ASIMUSEP.
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