Ainda repercute de forma negativa junto a corporação da policia militar, as várias sindicâncias e inquéritos instaurados pelo antigo comando.
Desta vez, seis policiais militares, que estavam lotados no destacamento do município de Lagarto e que não embarcaram em um microônibus que iria levá-los para fazer o policiamento do pré-caju, em Aracaju, vão ter a primeira audiência do julgamento, acusados do crime de MOTIM.
À época o sargento Mauro Cezar Fontes Lopes; cabo Moacir Ferreira Martins; soldados Antonio Andrade Farias, André Luiz Paulo, Anderson Rezende dos Santos e Lucimara Dias de Souza se recusaram a embarcar em um ônibus que deveria levá-los de Lagarto para Aracaju. Os PMs alegaram que o veiculo estava irregular alem de, segundo eles, o motorista apresentar sinais de embriagues.
Caso cumprissem a ordem do então comandante geral, os militares iriam deixar a cidade de Lagarto sem nenhum policiamento, fato que não teria justificativa, já que seria para trabalhar em uma festa particular.
A primeira represália sofrida pelos policiais, à época, foi a transferência para outros município, além de serem processados. Além disso, os PMs caso sejam julgados culpados, podem ser excluidos da corporação, e caso isso ocorra, irá chamar a artenção de toda a população, já que os militares terão que deixar a corporação por ter cumprido a lei.
Para os representantes da AMESE, “esses policiais estão sendo injustiçados pelo comando que passou. Quem deveria ser responsabilizado é o ex-comandante por ter dado ordem para que o município ficasse sem policiamento”, afirma o vice presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes destacando que “não há culpa nem responsabilidade do judiciário e muito menos do promotor e do juiz, já que eles receberam o inquérito do comando passado”, explicou.
Para o sargento Jorge Vieira, presidente da AMESE, “mais uma vez policiais militares que procuraram cumprir a lei. Que procuraram dar segurança a quem realmente merecia, que era a população de Lagarto que iria ficar sem policiamento e quem honra a farda que veste, acaba sendo perseguido e prejudicado. Acabam respondendo processo por ter cometido algo legal, ou seja, não embarcar em veiculo irregular, afinal as viaturas da PM não estao isentas de andar na legalidade”, desabafou Vieira.
Veja a ordem judicial:
PODER JUDICIÁRIO – JUÍZO DE DIREITO DA 6ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE ARACAJU – AUDITORIA MILITAR ESTADUAL – TRANSCRIÇÃO DE OFÍCIOS
Ofício nº 1328/2012-SJM Aracaju, 10 de maio de 2012
Proc. nº 201220600728
Senhor Comandante,
De ordem de MM. Juiz de Direito Militar, comunico a Vossa Excelência que o representante do Ministério Público Militar denunciou os acusados, sargento Mauro Cezar Fontes Lopes; cabo Moacir Ferreira Martins; soldado Antonio Andrade Farias, soldado André Luiz Paulo, soldado Anderson Rezende dos Santos e soldado Lucimara Dias de Souza , nas iras doArt. 149, I, do CPM, conforme fotocópia da denúncia em anexo. Por conseguinte, solicito encaminhar a este Juízo fotocópia da ficha disciplinar atualizada dos denunciados, assinalado o prazo de 08 (oito)dias.
Outrossim, solicito apresentar os acusados acima referidos, no próximo dia 18/06/2012, às 08h30min, nesta 6ª Vara Criminal, para audiência de qualificação e interrogatório.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
Dentre todas as instituições que compõem o estado democrático de direito, a PM, ou simplesmente polícia ostensiva, seria uma das mais importantes não fosse o grau elevado de atraso que lhe acomete desde suas entranhas. Uma instituição que tem quase duzentos anos e ainda imita a estrutura de uma outra, a do EB (exército brasileiro), cujas missões são distintas, uma deveria cuidar da segurança do cidadão, de prover-lhe o direito de ir e vir sem ser molestado, a outra cuida da soberania nacional, guardando suas fronteiras. Mas o que acontece? acontece que vivemos num país tupiniquin onde os interesses dos poderosos prevalecem sobre os da coletividade, onde os encarredos de gerir com humanidade os seus recursos se curvam, feitos um cachorrinho de madame, aos interesses do governante de plantão. Vivemos um cenário onde a segurança pública é tratada com amadorismo, servindo mais a interesses particulares do que propriamente aos interesses do trabalhador sofrido que paga seus impostos com sacrifício (isso pode parecer um jargão, mas não é). Como se pode almejar uma segurança de qualidade ao mesmo tempo em que se ver e assiste um retrocesso como este da nova escala que se pretende implementar aqui por terras serigy? Dentre todas escalas que se cogita, todas caem por terra quando pondera-se a de 12/48. Uma escala que não favorece o policial, mas, sobretudo, a sociedade que via de regra também se faz representar pelo próprio policial. Será que essa mesma sociedade quando necessitar, quando precisar do serviço de um policial, vai querer tê-lo cansado, desmotivado? Claro que não!!
ResponderExcluirÀs vésperas de assumir o comando o novo coronel fez um estardalhaço ao afirmar que faria retornar a atividade fim todos os policiais desviados de função. Cadê o saldo desse retorno, quantos retornaram e de onde? quantos dos requisitados pelos prefeitos se apresentaram para o serviço?
Senhores gestores, o justo não pode pagar pelo pecador. Não se pode, em nome de uma vaidade pessoal, prejudicar quem toda vida trabalhou na rua roendo osso!!
Senhores gestores, a escala justa e humana é a de 12/48 e ponto!!!!
Estamos trabalhando para que a escala seja 12x48.
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