segunda-feira, 20 de agosto de 2012

COMUNIDADE FARÁ CAMINHADA PELA PAZ EM POÇO VERDE.

Manifestação acontecerá na sexta: protesto contra a violência

Em Poço Verde, a 145 km da capital, os estudantes estão mobilizando a comunidade para a Caminhada pela Paz, manifestação contra a violência a ser realizada na próxima sexta-feira, dia 24, na própria cidade. Moradores e profissionais de vários segmentos da sociedade já aderiram à manifestação que passará por várias ruas da cidade, alcançando a Praça do Triângulo e o Centro de Comercialização de Agricultura Familiar.

Os organizadores da manifestação já começaram a colher assinaturas para um abaixo-assinado para solicitar ao governador Marcelo Déda e ao Comando Geral da Polícia Militar para aumentar o efetivo policial no município e adotar medidas que possam minimizar os problemas que a população tem enfrentado em função do aumento da violência.

De acordo com informações da estudante Êmile Matos, 20, a população está inconformada com a onda de violência e os estudantes decidiram deflagrar um movimento para cobrar atuação da polícia a partir do assassinato do estudante Horácio Barreto de Souza, 26, crime ocorrido na quinta-feira, 16.

O crime chocou a comunidade. O estudante foi morto na porta da escola onde estudava. Dois homens ocupantes de uma motocicleta se aproximaram da vítima e dispararam vários tiros. O estudante foi socorrido com vida e morreu no hospital local no mesmo dia. Na semana passada, ocorreu também, segundo Êmile Mota, um sequestro. O dono da casa em um povoado da cidade teria sido levado por assaltantes e largado em uma estrada porque o carro usado pelos marginais teria faltado gasolina. “E casos assim têm acontecido com muita frequência, não importa a hora: se de manhã, de tarde, meio dia ou de noite”, comenta.

Na sexta-feira, 17, os moradores se reuniram na sede da escola para avaliar a onde de violência quando optaram por criar um “movimento formal de luta contra a violência”.

A mobilização já ganhou simpatia de vários segmentos, segundo a estudante Êmile Matos, inclusive de comerciantes e da Igreja Católica. Os organizadores pretendem agendar uma audiência com o governador Marcelo Déda e com o comandante geral da Polícia Militar para discutir os problemas ocasionados pela violência no município. Na oportunidade, eles pretendem entregar o abaixo-assinado.

Fonte: Infonet (Cássia Santana)

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