segunda-feira, 22 de outubro de 2012

COMBATE AO TRÁFICO DEPENDE MAIS DE INTELIGÊNCIA, DIZ PESQUISADOR.

A verdadeira epidemia em que se transformou o uso de drogas, especialmente o crack, depende de ações contra o crime organizado que utilizem mais a inteligência do que a repressão. Imaginar que é possível blindar a fronteira brasileira contra o tráfico é ingenuidade, tarefa incapaz de ser cumprida por qualquer exército no mundo. O Brasil tem 16,8 mil quilômetros de fronteiras terrestres e 7,3 mil de costa marítima. A avaliação foi feita pelo pesquisador Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência (LAV) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

“O que precisa é investigação e inteligência. A fantasia que existe, de que a gente vai conseguir resolver o problema por meio do patrulhamento das fronteiras, é ingenuidade. Não há exército no mundo que possa patrulhar de forma eficiente uma fronteira do tamanho da brasileira. A ação pública tem que priorizar a investigação e a inteligência. A partir da captura de armas e drogas, é preciso reconstruir a rota para tentar pegar esses grupos.”

Para se obter melhores resultados na luta contra o tráfico, Cano reforça que é necessário investir mais recursos que capacitem as forças de segurança a melhorar os setores de inteligência. “Todo combate ao crime organizado depende basicamente da inteligência. Quanto mais se investir nessa área, melhor. A questão da movimentação financeira e da lavagem de dinheiro é o calcanhar de Aquiles do crime organizado.”

Sociólogo vinculado ao Brasil há mais de duas décadas, o espanhol Cano tem dedicado a carreira a estudar o fenômeno da violência e as formas de combatê-la, sempre sob a ótica dos direitos humanos. Sobre o atual surto de uso de crack no Rio, ele questiona se o rumo das ações, de recolhimento dos usuários, é o mais adequado.

“A política de repressão está no rumo errado, porque ela deve ser feita junto com os usuários e não contra eles. O princípio da internação compulsória é muito problemático. Os especialistas em saúde pública e mental concordam que isso não é uma boa ideia. As pessoas acabam saindo [do tratamento]. Se não houver cooperação ativa delas, não vão se desintoxicar. O foco da política, infelizmente, parece visar mais à limpeza de determinadas áreas da cidade do que à ajuda de fato aos usuários de drogas.”

Cano reconhece que a instalação de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) foi um avanço em relação às políticas de segurança anteriores, mas diz que o sistema deve ser aperfeiçoado. “A política da pacificação é um avanço em comparação às políticas tradicionais de guerra às drogas que a gente tinha e ainda tem. Entretanto, o alcance dessa pacificação é limitado, porque são 29 comunidades [ocupadas], de centenas que existem. E são apenas em determinadas áreas da cidade. É importante que as novas UPPs sejam localizadas justamente nas áreas de maior nível de violência, que são a Baixada Fluminense e a zona oeste.”

Fonte: Agência Brasil

Um comentário:

  1. Publicado em: 22/10/2012 05:33:14
    HEMOCENTRO PRECISA COM URGÊNCIA DE SANGUE

    O Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose) da Secretaria de Estado da Saúde (SES) informa que precisa com urgência de sangue do tipo A+, B+ e O. A preocupação é com a baixa nos estoques de hemoderivados, que são utilizados para atender pacientes em tratamento oncológico ou que passaram por cirurgias eletivas ou de emergência, inclusive por conta de acidentes no trânsito.

    As pessoas que tiverem disponibilidade para doar sangue deve comparecer ao Hemose, de segunda a sexta-feira, no horário das 7h30 às 17h e nos sábados e feriados das 8h às 12h. É necessário ter entre 16 e 67 anos, estar bem de saúde e alimentado, pesar mais de 50 quilos e apresentar documento com foto, válido em todo território nacional.

    Quem tiver entre 16 e 17 anos pode doar desde que apresente o termo de autorização assinado pelos pais ou responsável legal, junto com o documento de identificação original e cópias dos mesmos.

    Hemocentro

    O serviço de coleta de sangue está localizado na Avenida Tancredo Neves, bairro Capucho, vizinho ao Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Mais informações, pelos telefones 3225-8000 e 3259-3174.

    Não pode doar

    Não pode doar sangue quem teve hepatite B ou C depois dos 10 anos de idade, ou doença infecciosa transmitida pelo sangue. Pessoas que tiveram gripe devem aguardar uma semana para doar sangue.

    Também não pode doar diabético que usa insulina ou anti-hipoglicemiante via oral, mulher grávida ou amamentando e pessoa com febre. O paciente epiléptico ou com crise de asma, quem passou por cirurgia, recebeu transfusão, fez tatuagem ou colocou piercing há menos de um ano, também não podem doar. Quem passou por exame de endoscopia deve aguardar um ano para voltar a doar sangue.

    fonte: http://www.faxaju.com.br/viz_conteudo.asp?id=151121

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