A cada dia que passa, diminui sensivelmente o número de policiais militares à disposição do comando para o trabalho ostensivo na capital e nos municípios do interior do estado.
Recentemente o FAXAJU on line publicou uma matéria onde dizia que a PM de Sergipe pode extinguir”. O problema é matematicamente explicável e isso pode ocorrer, baseando-se no número de PMs que todos os meses são aposentados, alem dos que ficam doentes ou deixam a corporação por outro emprego. Todos os meses, dezenas de PMs são aposentados. No mês passado, cerca de 80 policias foram para a reserva remunerada. Nesta quinta, foi publicado no BGO, a aposentadoria de mais 21 policiais, e sem concurso, “é questão de tempo para acabar”.
Sem concurso publico a 7 anos (o ultimo foi realizado em 2005), não há como fazer uma política de segurança com qualidade. Isso já está sendo demonstrado pela população que tem reclamado diariamente nos programas de rádios. Na manha desta quinta-feira (18), um ouvinte em tom de desabafo, disse que “quando a policia ganhava mal ela trabalhava e agora que ganha bem, não trabalha”.
A frase do ouvinte é contestada pelo presidente da AMESE, sargento Edgard Menezes, ao explicar que o problema da falta de segurança não está no “comando geral e nem na tropa, mas na falta de homens”. O presidente da Amese diz que entende as reclamações da população, “mas é preciso entender que os nossos homens, a nossa tropa já chegou ao seu limite. Nós somos humanos como todo mundo. Nós estamos fazendo o que podemos, agora só não podemos fazer milagres”, disse Edgard.
O militar diz que hoje, “com o numero reduzido de homens, os policiais não estão conseguindo tirar férias, não tem lazer e começam a sentir estresse, devido a carga horária apertada que são obrigados a cumprir”, explica o presidente da Amese. Para ele, “o Batalhão de Choque, a RP, o Getam, enfim a nossa tropa está nas ruas, só não está com o numero suficiente de homens para combater o crime. Você pode acompanhar a imprensa que você vai diariamente, as prisões que são feitas pela PM. Então o problema não é do comando e nem da tropa”, defendeu Edgard.
A falta de policiamento nas ruas não é um “privilégio” de Aracaju. No interior do estado, a situação é ainda pior. Em alguns municípios, há apenas dois homens que são obrigados a, alem de fazer a segurança das delegacias, também são responsáveis pela segurança da população.
Quanto ao concurso público, recentemente o comandante geral da PM, coronel Mauricio Iunes disse que o comando já havia preparado o projeto e que este havia sido enviado para a secretaria de planejamento. O problema é que ao chegar a essa secretaria, alguma coisa deve ter acontecido porque até hoje não foi encaminhado a Assembléia Legislativa. E para complicar ainda mais, nenhum setor do governo comenta sobre o assunto.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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