Policiais e bombeiros militares do Distrito Federal que participam da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares (Aspra) realizaram assembleia na noite desta quarta-feira (24), na Praça do Relógio, em Taguatinga, e debateram o retorno da operação tartaruga, que utiliza a diminuição da ação da polícia na cidade como forma de reivindicar aumento salarial e outros benefícios.
O presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, informou que uma assembleia, marcada para o dia 2 de novembro, após reunião com o governo do DF, decidirá se a operação tartaruga será retomada ou não.
Segundo a direção da Aspra, a operação legalidade, deflagrada em julho deste ano e que consiste no cumprimento apenas do que é determinado por lei aos policiais, continua em vigor. De acordo com o presidente da Aspra, sargento Manoel Sansão Alves Barbosa, a operação tartaruga é a intensificação da operação legalidade.
Sansão disse que a categoria reivindica promessas feitas pelo governo, entre reestruturação de carreira e reajustes salariais. “Nós só queremos o que nos foi prometido e até agora não foi cumprido."
A assessoria de imprensa do comando da Polícia Militar do DF informou que não existe nenhuma operação legalidade em vigor no momento. A PM também garantiu que não haverá operação tartaruga em "nenhuma hipótese".
Operação tartaruga
Em fevereiro deste ano, policiais militares e bombeiros iniciaram movimento que ficou conhecido como operação tartaruga, que resultou na redução da presença ostensiva da polícia nas ruas. A operação foi suspensa no início de abril, depois da posse do novo comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Suamy Santana.
Oficiais e praças da PM e dos bombeiros reivindicavam a isonomia de salários com outros setores da segurança pública do DF, política de promoções independentemente de oferta de vaga e tratamento igual entre ativos e inativos.
Entre janeiro e março, foram registradas 88 mortes violentas no DF, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública. O número equivale a uma média de quase três homicídios por dia.
Fonte: G1
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