terça-feira, 27 de novembro de 2012

DOZE POLICIAIS MILITARES SÃO PUNIDOS POR DOAREM SANGUE DURANTE PRÉ-CAJU 2012.

A Policia Militar de Sergipe já começou a punir os PMs que doaram sangue durante o Pré-Caju 2012. À época, cerca de 300 policiais militares fizeram a doação de sangue e agora estão respondendo junto a 6ª Vara Militar acusados de crime de motim.

Nesta segunda-feira (26), o Boletim Geral Ostensivo (BGO), que traz todas as decisões sobre a corporação, publicou a relação dos doze primeiros policiais militares que foram punidos por terem doado sangue. Eles foram punidos com “quatro dias de impedimento”, que significa que esses militares terão que ficar quatro dias detidos em suas companhias. Isso terminou não agradando a tropa, que apesar de saber que são sujeitos à hierarquia, muitos não concordam com a punição.

Essas punições devem ser contestadas na justiça, já que no futuro ela (punição) pode vir a prejudicar o militar, principalmente em caso de promoção. Alem disso, à época também foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no Ministério Publico Estadual (MPE), onde estiveram presentes representantes de associações, alem do coronel Enilson Aragão, representando o comando. Na presença da promotora de justiça Euza Missano, ficou acordado que “só trabalhariam na segurança do Pré-Caju, os militares que estivessem na escala ordinária ou os voluntários”.

Amparados no TAC, os militares que não quiseram trabalhar no evento, optaram fazer a doação de sangue, já que nessa festa os bancos de sangue solicitam doadores. Ao receberem os atestados de dispensa de serviço, os militares encaminharam o documento aos seus respectivos superiores hierárquicos, nas companhias e batalhões.

Mesmo assim, o comandante à época, resolveu punir os militares e mandou que fosse aberto uma sindicância para apurar cada caso. Isso terminou com vários procedimentos que já estão sendo tramitados na 6ª Vara Militar. Se condenados, eles podem ser expulsos da corporação ou na melhor das situações, serem “impedidos” com até 30 dias de detenção.

Para o presidente da Amese, sargento Edgard Menezes esta é uma decisão equivocada, já que os militares “só foram fazer um ato de solidariedade, afinal havia um TAC assinado na frente da promotora doutora Euza Missano. Diante disso, já que o TAC também foi assinado pelo representante do comando geral, de que só trabalhariam os voluntários, não havia necessidade de nenhum dos doares apresentarem atestado ”, explica o presidente.

O presidente da Amese diz que “estão distorcendo os fatos e a realidade, porque senão não adiantou de nada assinar um termo de ajustamento de conduta para não ser cumprido”, explica Edgard afirmando que desde o final da tarde desta segunda-feira, quando todos tomaram conhecimento das punições, que policiais militares estão enviando e-mails e telefonando para a sede da associação, fazendo reclamações. “Nós vamos consultar a nossa assessoria jurídica para achar uma maneira de tentar embargar essas punições. Não é justo um militar que faz um ato de caridade ser punido. Isso pode prejudicar a sua carreira dentro de nossa instituição, inclusive prejudicando promoções. Eu espero que isso seja revisto e que seja resolvido sem que o policial militar seja sacrificado por ter feito um gesto humano”, reclamou o presidente da Amese.

Essas punições não devem ser contestadas apenas pela AMESE, mas o Ministério Público Estadual também deverá entrar no caso, afinal a “punição” está ocorrendo por conta dos militares terem doado sangue. Como havia o acordo firmado, os militares que não queriam trabalhar, doaram sangue, e mesmo assim estão sendo punidos. O questionamento do MPE não deve ser quanto à hierarquia da corporação, mas sim o motivo do não cumprimento do TAC.

Essas punições podem inclusive comprometer a segurança do Pré-Caju 2013, já que o numero de policiais militares este ano é bem menor que o ano anterior, o que irá dificultar a escala de serviço. Além disso, os policiais militares podem repetir o que fizeram o ano passado, com isso deixando a população sem segurança, que independente de tudo, o comando enfrentará um grande problema. Ou o comando faz a segurança do Pré-Caju, ou deixa os municípios do interior sem segurança. A policia militar do estado de Sergipe não tem hoje, militares suficientes para atender um evento do porte do Pré-Caju, sem tirar toda a policia do interior.

Fonte:  Faxaju (Munir Darrage)

5 comentários:

  1. socorro...estamos sendo massacrados na cia de tobias barreto...!!!

    ResponderExcluir
  2. Temos que nos unir e mostrar nossa força vamos dar uma resposta a este comando de merda e este governo desmoralizado e imcompetente,Vamos bocoitar o pe-caju de 2013 em solidariedade aos irmãos que estao sendo injustiçado.DIGA NÃO AO PRE-CAJU.

    ResponderExcluir
  3. Os Verdadeiros Culpados se Escondem28 de novembro de 2012 às 08:02

    O mais interessante é que os colegas punidos estão perversamente denunciados na sexta vara criminal por esse mesmo problema.
    Aproxima-se a festa de F.O. (Pré-Caju) e o medo de perder o controle da tropa leva a atitudes como essa, ou seja, punição disciplinar quando o assunto está na justiça.

    O que eu enxergo nesta situação do Pré-Caju são pessoas querendo fugir da responsabilidade do ocorrido, pois o medo da bronca de Marcelo Déda deve ser enorme.

    Todos os PMs que optaram em não ir trabalhar no pré-caju agiram dentro da lei e também amparados em acordo legal (TAC).

    O comando da PMSE, à época, para não assumir que assinou um TAC com aquele teor de informações sobre o voluntariado resolveu abrir aqueles IPMs; Os promotores da sexta vara criminal conhecidos como a "A Dupla" e outras definições que não ouso transcrever aqui, fingem que o TAC não existe para não evidenciar que tudo teve origem no MPE/SE;A juíza do Ofício dispensa qualquer comentário; O MPF finge que a lei federal de doação de sangue não está sendo atropelada e dá uma de Simão; A Promotora E.M. está silente e isso pode indicar que ela lavou as mãos (não acredito) ou na hora certa vai se manifestar em juízo contra a tentativa da dupla em desmerecer seu trabalho; A comissão de Direitos Humanos da OAB/SE só se manifesta quando é para defender advogado pinguceiro em posto de combustível; e no final sobrou para quem agiu dentro da lei.

    "A culpa não é minha Governador...A culpa não é minha (eles), então joga nas costas dos PMS mesmo".

    Mas, a mentira tem perna curta.
    Somos vencedores.

    ResponderExcluir
  4. companheiros que estão sendo punidos busque as associações e entrem na justiça busquem seus direitos nem que seja preciso acionar o supremo. vamos responsabilizar todos aqueles que não honrar suas assinaturas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. A questão de não honrar a assinatura vem primeiro do Governador de Sergipe. Se ele não honra sua assinatura, seus auxiliares e puxa-saco se setem desobrigados .

      Excluir