quarta-feira, 14 de novembro de 2012

RITA LEE FAZ ACORDO DE R$ 40 MIL EM PROCESSO ENVOLVENDO POLICIAIS MILITARES DE SERGIPE.

A batalha judicial entre Rita Lee e as autoridades policiais de Sergipe rendeu um prejuízo de R$ 40 mil para a cantora, após acordo feito na Vara Criminal da cidade de Barra dos Coqueiros. A cantora foi denunciada por 35 policiais militares por apologia ao crime/criminoso e por desacato logo depois de um show, no dia 28 de janeiro, na praia de Atalaia Nova, região metropolitana de Aracaju. Ela ainda responde a processos nas 6ª, 7ª, 9ª e 15ª Varas Cíveis, todos movidos por policiais militares.
Os R$ 40 mil serão depositados na conta do Fundo Judiciário, nos quais os recursos são destinados para atividades nas comunidades locais, neste caso no município de Barra dos Coqueiros. O acordo também prevê a proibição de Rita Lee de se ausentar por mais de 30 dias da região onde mora (em São Paulo) sem uma autorização judicial, pelo período de dois anos.
A proposta inicial feita pelo promotor de Justiça substituto, Ricardo Machado Oliveira, era que o valor final fosse de R$ 115 mil em favor do Fundo Municipal para Criança e Adolescente da Barra dos Coqueiros, mas o total foi reduzido em acordo com a cantora. Cada militar também entrou com uma ação especifica, cobrando uma indenização no valor de R$ 24.880.
No processo, o promotor destacou as falas de Rita Lee durante o show de janeiro em Aracaju. Segundo o documento, a cantora interrompeu a apresentação, se direcionou aos policiais que faziam a segurança do evento e perguntou: "O que vocês estão procurando, queridos policiais? Baseado? Vão achar! Alegria? Vão achar!". Em seguida, ela teria dito: "Não vai me dizer... não, não é! Não pode ser!  Por causa de um 'baseadinho'? É isso? Cadê o 'baseadinho' para eu fumar aqui agora? Eles não vêm me pegar! Vem cá, gatos, gatinhos! Ah, vão embora, não, não".
O promotor apontou ainda que a cantora, de posse do microfone, falou para o público: "Vocês podem fumar baseado à vontade, que esses cachorros, filhos da puta, não vão prender ninguém, não. Eu vou acender um em cima do palco, quero ver o homem me prender". O promotor finalizou que a "autoria e a materialidade dos crimes" estão fundidos através dos depoimentos prestados pelas testemunhas e mídia de áudio e vídeo anexados aos processos.
Rita Lee esteve em Aracaju no dia 8 de novembro para ser ouvida em audiência no 7º Juizado Especial Cível, no bairro Santa Maria. 
Fonte:  UOL ( Paulo Rolemberg)
Nota do blog:  Este acordo foi proposto para o processo criminal, onde caberia transação penal, porém correm ainda pela justiça cível, ações de indenização por danos morais, onde a AMESE patrocina a defesa dos policiais militares que buscam a reparação de tais danos.

3 comentários:

  1. Muito bom, vamos mostra que mereçemos respeito, e que este caso sirva de exemplo a quem queira desmoralizar a nossa classe.

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  2. Os senhores me desculpem a sinceridade, mas não se impõe respeito desta maneira, agindo com truculência, empurrando e ameaçando pessoas de bem com cassetetes, sendo que elas não estavam fazendo nada, apenas assistindo ao show em paz. Muito menos processando uma cantora que, em vista do que estava acontecendo, agiu sob forte emoção em defesa de seus fãs, durante aquele que era para ter sido o último show de sua carreira. Embora a imprensa não tenha divulgado, quem estava no local viu direitinho como a polícia agiu. Infelizmente fica a impressão de que o objetivo dessa ação contra Rita Lee tem por base apenas o interesse pelo dinheiro, e não a moralização da classe. Impor respeito dessa maneira não funciona, muito pelo contrário. É muito fácil para uma pessoa que pretende receber indenização "acreditar" que está agindo em defesa da honra. Por mais que afirmem isso para si mesmos, honra não se compra com dinheiro, e sim com atitudes. Que fique o resultado deste processo, qualquer que seja, na consciência de cada um.

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  3. Os senhores me desculpem a sinceridade, mas não se impõe respeito desta maneira, agindo com truculência, empurrando e ameaçando pessoas de bem com cassetetes, sendo que elas não estavam fazendo nada, apenas assistindo ao show em paz. Muito menos processando uma cantora que, em vista do que estava acontecendo, agiu sob forte emoção em defesa de seus fãs, durante aquele que era para ter sido o último show de sua carreira. Embora a imprensa não tenha divulgado, quem estava no local viu direitinho como a polícia agiu. Infelizmente fica a impressão de que o objetivo dessa ação contra Rita Lee tem por base apenas o interesse pelo dinheiro, e não a moralização da classe. Impor respeito dessa maneira não funciona, muito pelo contrário. É muito fácil para uma pessoa que pretende receber indenização "acreditar" que está agindo em defesa da honra. Por mais que afirmem isso para si mesmos, honra não se compra com dinheiro, e sim com atitudes. Que fique o resultado deste processo, qualquer que seja, na consciência de cada um.

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