sábado, 6 de abril de 2013

COM POUCO MAIS DE 2500 HOMENS, PM NÃO CONSEGUE FAZER SEGURANÇA NO INTERIOR.


Está cada vez mais complicado o comando da policia militar de Sergipe, fazer a segurança nos municípios do interior. Com pouco mais de 2500 PMs, o comando não consegue ter homens disponíveis para fazer a segurança dos municípios do interior.

Uma polemica foi gerada a partir de uma denuncia feita pela deputado Ana Lúcia Menezes (PT), ao afirmar que há um grupo de extermínio de jovens no município de Poço Verde. A ousadia do grupo de extermínio, segundo a deputada,  chama a atenção: “Eles chegam a deixar em escolas do município listas contendo os nomes dos jovens jurados de morte que, posteriormente aparecem assassinados. Ao final de uma das listas, o grupo chegou a escrever “Ladrão e traficante vai rodar se ficar em Poço Verde”, a fim de intimidar outros adolescentes envolvidos com atos infracionais”, contou a deputada.

Com todas essas informações e denuncias, o promotor do município solicitou através de oficio que fossem disponibilizados para Poço Verde, 45 PMs e 6 agentes civis. O juiz acatou a solicitação do promotor porem o Tribunal de Justiça cassou a liminar.

Na tarde desta sexta-feira (05), o comandante da PM, coronel Mauricio Iunes, em entrevista aos radialistas Jason Neto e Magna Santana, no programa Liberdade News, reconheceu o baixo efetivo e disse que com o numero de policiais militares disponíveis, não é possível atender a demanda. Segundo Iunes, a PM tem hoje em seu quadro pouco mais de 4 mil homens. O comandante garantiu que estão sendo tomadas algumas medidas para combater esse suposto grupo de extermínio.

O comandante também anunciou a aquisição de novas viaturas para a policia militar. Isso traria muita ajuda no combate à violência se houvesse homens suficientes para operar esses veículos, ou seja, a PM conta a cada dia com mais viaturas e armamentos de primeiro mundo, porem não tem o mais importante: o material humano para operar.

O problema da segurança publica é maior do que aparenta, já que desses 4 mil homens, o comando pode contar com pouco mais de 2200, já que há no mínimo, 1200 policiais que não estão na ativa, ou seja, na atividade fim. Há  policiais desviados de função; com licença médica; em gozo de férias e ainda os que estão à disposição da justiça.

E para complicar ainda mais a situação, o numero de militares que estão se aposentando é maior que o esperado. Hoje, pelo menos 40 PMs vão para a reserva todos os meses e com isso, até o final do ano, esse numero pode chegar a 400.

Mesmo realizando o concurso nos próximos meses, a situação não irá melhorar, podendo ficar ainda pior, já que quando esses policias estiverem prontos para o trabalho, estes não serão suficientes para cobrir a vaga deixadas pelos aposentados.

Alem de tudo isso, muitos policiais militares já começaram a reclamar das escalas de serviço a que estão sendo submetidos. Hoje a policia trabalha com uma escala de 12 por 24. Isso significa que o policial militar trabalha 12 horas seguidas e tem um descanso de 24 horas. Alguns dizem que essa escala é “ficção”. Ele explica que “qual ser humano nessa terra que consegue trabalhar 12 horas seguidas sem descanso?”, questionou o policial. Há ainda uma outra informação que pode piorar ainda mais o serviço de segurança no estado. Não é oficial, mas há a informação de que a escala pode ser mudada para 24 horas de trabalho e 72 horas de descanso. Nessa escala, o policial militar trabalharia durante 24 horas ininterrupta e descansaria 72 horas.

Fonte:  Faxaju (Munir Darrage)

Um comentário:

  1. Os armamentos de primeiro mundo que o comando informou têm que ser distribuído com os policiais para substituir os ultrapassados revólveres que a pm do Paraná não quis mais. E tenho uma ideia para esses revólveres o governo federal paga 400,00 para cada um apreendido.

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