Com necessidade de estrutura e sem recursos para funcionar adequadamente, o Hospital da Polícia Militar de Sergipe (HPM) poderá deixar de funcionar ainda neste mês.
A informação foi passada na manhã de ontem pela direção da unidade aos deputados estaduais da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa durante visita realizada pelos parlamentares ao local.
O diretor geral do HPM, coronel Lincoln Marcelo Veras, informou aos parlamentares a necessidade do governo rever as questões financeiras e de pessoal da unidade de saúde, ressaltando que impasses econômicos inviabilizam a reabertura da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
"As melhorias dependem de orçamento. Não podemos gerar despesas sem previsão de receita", observou o coronel Lincoln Veras, ao relatar aos deputados que está adotando algumas medidas para saber a viabilidade jurídica sobre a possibilidade de fechamento do hospital.
De acordo com a direção do hospital, as despesas fixas estão em torno de R$ 260 mil e os insumos somam cerca de R$ 300 mil. Os recursos para o hospital giram em torno dos R$ 180 mil. O oficial salientou que diante deste quadro, não há como cumprir os prazos estabelecidos pela justiça para que a UTI volte funcionar até o dia 12 de maio.
A falta de profissionais é outro problema. "Além de dinheiro, a medida também leva tempo, pois depende das contratações através de concurso público, com um espaço de até dois anos, entre lançamento de edital, realização e efetivação dos aprovados", explicou.
"Provavelmente, o hospital deverá deixar de funcionar ainda neste mês", informou, ao relatar que todos os esforços administrativos para manter o HPM em operação já foram esgotados. "Esperamos somente uma decisão de governo", disse.
Depois de ouvirem a direção do hospital, os deputados estaduais foram ver de perto as instalações do HPM.
Os parlamentares lamentaram a desativação da UTI, fato ocorrido no dia 15 de março. A juíza da 18ª Vara Cível determinou a reativação dos seis leitos da UTI até o dia 12 de maio.
A comissão constatou que além da UTI fechada, o centro cirúrgico está com vários leitos sem utilidade. "Apenas 20% da capacidade dos leitos estão funcionando", relatou a deputada Angélica Guimarães.
Com 43 anos de funcionamento, o HPM possui hoje cerca de 300 funcionários. A unidade conta com 17 enfermeiros e 59 técnicos.
Fonte: Jornal do Dia (Kátia Azevedo)
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