terça-feira, 9 de abril de 2013

POLICIAL MILITAR APÓS TER UMA CRISE NERVOSA, COLA A ARMA NA BOCA PARA SE MATAR.


Policiais militares de Sergipe podem estar trabalhando no limite de suas capacidades psicológicas e físicas e com isso colocando em risco suas vidas, dos companheiros e até da população. Alguns PMs reclamam das escalas e principalmente da falta de atendimento por parte do Núcleo de Apoio Psico Social (NAPS), que parece não funcionar ou estar desativado.

Um policial militar após ter uma crise nervosa por conta do estresse do trabalho, por pouco não comete suicídio dentro da 3ª companhia do 1º Batalhão de policia militar em Aracaju.

O soldado da policia militar Clédson, 30 anos, teve uma grande crise emocional na manha desta segunda-feira (08), no 3ª companhia do 1º Batalhão de policia militar, onde se encontrava de serviço. Cledson teria ficado tão agitado que acabou colocando o cano da arma dentro de sua boca com a intenção de cometer suicídio.

O policial só não conseguiu devido a intervenção de um companheiro militar que após uma longa conversa conseguiu desarmá-lo e em seguida levá-lo até a presença do comandante da Companhia, o tenente Flávio que imediatamente o conduziu, logo nas primeiras horas de ontem para o Hospital da policia Militar (HPM).

Só que no HPM, para surpresa do tenente, a direção do HPM disse que não poderia receber o soldado porque o hospital não tinha “suporte” para atender um caso desse. Mesmo com os nervos abalados e tendo sido controlado apenas com conversas dos amigos, o soldado só conseguiu atendimento médico por volta das 18 horas na Clinica São Marcelo.

Aos companheiros de farda, Cledson contou que “sonhava que sua parceira de  serviço tentava matá-lo”. Essas alucinações e o alto nível de estresse do soldado quase acaba em tragédia.

Um policial militar que passou a informação ao FAXAJU on-line, disse que “eu não consigo entender o que acontece com o hospital da policia militar, o HPM. Primeiro nosso comandante determina que nesses casos o policial deve ser encaminhado para o HPM, só que ai quando a gente chega lá, não recebe atendimento. Isso é lamentável e após esse fato é preciso que nossos gestores agora veja em que situação nós estamos trabalhando. Veja a que ponto chegou esse soldado que graças a Deus, a ação do tenente e de seus companheiros, conseguiram impedir que ele suicidasse”, lamentou o PM.

Uma outra informação passada à redação é que há outros policiais também enfrentando crise depressiva devido ao estresse. Os PMs alegam que o NAPS não consegue atender os policiais, ou seja, os militares trabalham sem ter apoio psicológico e isso pode ser perigoso tanto para o trabalhador da segurança quanto para a população.

Fonte:  Faxaju (Munir Darrage)

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