quinta-feira, 20 de junho de 2013

SEM FORNECIMENTO, ALIMENTAÇÃO DOS PMs É RACIONADA NO PARANÁ.

'Uma tremenda patifaria', define soldado da Polícia Militar lotado em Curitiba.
Comando-geral afirma que houve problema nas licitações e define prazos.

Policiais terão café da manhã e almoço apenas enquanto houve mantimento no estoque (Foto: Divulgação/ PM)

Os batalhões da Polícia Militar do Paraná passam por um racionamento alimentar. A verba está "suspensa". Isso significa que o fornecimento de café da manhã, almoço e jantar servidos antes dos policiais irem para as ruas se tornou restrito e, em alguns casos, já não ocorre mais.

O comando-geral da Polícia Militar afirma que o problema é temporário, mas a sensação nos quarteis é de abandono.

Em alguns batalhões, a tropa tira dinheiro do bolso, fazem a famosa “vaquinha”, para custear os gastos com a alimentação. Ao G1, um soldado do 9º  Batalhão, no litoral do estado, afirmou que o estoque diminui diariamente. Com medo de retaliação, ele prefere não se identificar.

“Eles não mandam mais nada. Mais macarrão, mais carne, mais nada. A gente tinha alguma coisa de arroz e macarrão que ficou aqui”, disse.

Segundo o soldado, cada equipe de plantão é responsável pelo levantamento do dinheiro e pela compra dos ingredientes das refeições. A compra, inclusive, é feita com carro oficial. “Uma viatura fica ‘baixada’ umas duas horas, correndo no mercado e pegando comida, as coisas mais baratas, e não atende a população. Esta é a verdade”.

Em média, cada policial desembolsa de R$ 7 a R$ 10, a cada dois dias. O valor depende, obviamente, do preço das mercadorias. O soldado lembrou ainda que a parcela de cada um na vaquinha deve aumentar, porque o estoque está cada vez menor. Alguns itens que não precisavam ser comprados, passarão a ingressar a lista.

O soldado explicou que, se houver alguma ocorrência durante a compra, imediatamente os policiais se deslocam para atendimento. Ele afirma que não houve nenhuma espécie de comunicação oficial sobre o que eles entendem como o  fim da verba para alimentação. “O governo não informou nada, do nada, cortou”.

Fonte:  G1 Paraná (Bibiana Dionísio)

Nenhum comentário:

Postar um comentário