Associações militares realizaram nesta quinta-feira, 10, uma manifestação na Praça Deodoro, Centro de Maceió para pedir a aprovação da conhecida PEC 300, Proposta de Emenda à Constituição que prevê a criação de um piso salarial para policiais e bombeiros. A concentração teve início às 15h e os militares informaram que iriam seguir em caminhada até a Assembleia Legislativa de Alagoas para pedir apoio dos parlamentares.
Os militares também pleitearam a implantação do realinhamento da tabela de subsídio com a participação de integrantes das associações militares de Pernambuco, Sergipe e Rio Grande do Norte.
Em entrevista, o presidente da Associação dos Sargentos e Subtenentes Militares de Alagoas (Assmal), Subtenente Teobaldo de Almeida, lembrou que a categoria ganha pouco para ser submetida a situações de risco. Ele afirma que muitos militares alagoanos estão doentes, trabalhando em condições críticas.
O presidente voltou a criticar a violência no Estado e sugeriu que Alagoas copiasse o exemplo do Rio de Janeiro. “Os policiais precisam de autorização para atuar de forma mais enérgica só assim é possível quebrar o tráfico de drogas no Estado, responsável pelo crescimento dos índices de criminalidade. Se faz necessária a implantação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a exemplo do que ocorre no Rio de Janeiro”, sugeriu.
O militar disse ainda que falta motivação para as tropas atuarem e defendeu a criação do Fundo Nacional de Segurança, cuja ideia é estabelecer um salário de R$ 4.200 para todos os militares do país, que hoje ganham R$ 2.200.
Um dos sargentos presentes à manifestação, que pediu para preservar a identidade, desabafou sobre a insegurança entre os próprios militares. “Não saio mais de casa em determinados horários, tenho medo de pegar ônibus, estou sendo acompanhado por psicólogo. Tudo isso fruto da insegurança. Estamos entre a cruz e a espada. Se agimos de forma severa com os bandidos, nos processam. Quando agimos pacificamente, somos assassinados”, concluiu.
Fonte: Alagoas 24 Horas
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