sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"POLICIAL MILITAR VAI ADMINISTRAR DEZ ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE GOIÁS", POR TENENTE CORONEL PM SÍLVIO CÉSAR ARAGÃO.

–Diz a matéria publicada no dia 17/01/2014 G1 por Fred Ferreira de Brasília-DF:

A Secretaria de Educação de Goiás decidiu colocar a Polícia Militar para administrar dez escolas públicas, como forma de combater a violência na sala de aula. Os pais dos alunos terão de pagar por isso.

A reforma é geral no Colégio Fernando Pessoa, na cidade Goiana de Valparaíso, a 40 quilometros de Brasília. A partir da próxima semana, a escola será administrada pela Polícia Militar de Goiás.

O diretor será um policial com formação em pedagogia. PMs darão aulas de Educação Física e exigir disciplina dos mais de 200 alunos. As demais matérias continuarão a ser dadas por professores da rede estadual. Valparaíso tem altos índices de violência e os alunos já presenciaram até assassinato em sala de aula.

Em nota, a Secretaria de Educação de Goiás diz que a criação dos colégios é uma medida de segurança preventiva da mais alta eficácia.

Alguns pais apoiam a mudança, como a secretária Rosana Godoy. “Eu estou trazendo meu filho pra cá porque estou apostando no ensino, na segurança, pela disciplina que tem”.

Os alunos vão ter de usar quatro uniformes diferentes e sapatos específicos. Todos são comprados fora da escola e os pais já fizeram as contas. Para vestirem os filhos, vão ter de desembolsar entre R$ 500 e R$ 600. Valor que não cabe no orçamento de algumas famílias.

Os pais também vão ter de pagar R$ 100 de matrícula, R$ 50 de mensalidade e comprar dois livros, que custam R$ 300. Na prática, a escola, antes gratuita, passará a custar pelo menos R$ 1.500 por ano.

Desempregado, o pai de uma das alunas diz que vai tirar a filha da escola. “Eu não tenho condições. Como fica para alguém sem emprego?”.

A Secretaria de Educação de Goiás garante que quem não puder pagar terá vaga garantida em outra escola pública e de graça.

Então fica a indagação: Se a Polícia Militar é tão ruim ao ponto de alguns “especialistas” proporem insistentemente sua extinção, quais os motivos dos governantes, com o apoio da sociedade, confiarem a ela, como última instância, o gerenciamento de crises tanto na segurança pública como em outras áreas?

Fica uma pergunta: “será que a sociedade sobrevive sem a Polícia Militar e conhece realmente do tema para posicionar-se?”

Atrevo-me ainda a lançar outra pergunta: “a quem interessa extinguir a Polícia Militar e quais seus reais motivos?”

Chamo todos a reflexão antes de emitir opiniões simplistas e apaixonadas desprovidas de conhecimento.

Fonte:  Blog do jornalista Cláudio Nunes

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