Crimes de homicídios e mortes em acidentes predominam em SE
Em Sergipe, as mortes por violência se destacam em segunda colocação, acima do ranking nacional que aponta os casos externos de violência como a terceira causa das mortes gerais registradas no país. Os dados revelados pelo Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde são preocupantes, na ótica da representante técnica de vigilância e prevenção de violências da Secretaria de Estado da Saúde, Patrícia Lima.
E, para conscientizar a população para o problema, a Secretaria e a Universidade Federal de Sergipe (UFS) por meio do Departamento de Biologia desencadearam neste fim de semana a campanha Trabalhando a Cidadania pelo Fim das Violências de Gênero, com ações centradas no Parque dos Cajueiros, onde há grande concentração de pessoas.
Atividades lúdicas e educativas chamaram a atenção, em especial da garotada que se divertiu com apresentação de e teatro de fantoches. “A violência é uma questão de saúde pública também. Há vários tipos de violência e que as pessoas não têm conhecimento”, observou o estudante Felipe Mendes, do curso de biologia da UFS. “Muita gente pensa que a violência só ocorre quando há as marcas, os hematomas, mas há outras violências, que deixam marcas psicológicas”, comenta a estudante Elisabete Carvalho, também do curso de biologia.
Segundo Patrícia Lima, em Sergipe as mortes por homicídio e acidentes de trânsito são predominantes, ocupando a segunda colocação das causas gerais que levam à morte. “Perde apenas para as doenças do aparelho circulatório, que são AVC e infarto”, comenta Lima.
A população aplaude a iniciativa. “É muito bom ter este tipo de informação para que as pessoas se conscientizem”, observa a auxiliar de enfermagem Aparecida Barbosa, que estava no parque se divertindo com a família e foi abordada pelos estudantes de biologia.
Para a representante técnica da Secretaria de Estado da Saúde, a violência que não deixa marcas no corpo ainda é latente e deixa reflexos danosos, inclusive, no desempenho escolar.
“A violência é uma questão de saúde desde sempre, não é questão de saúde apenas quando há a lesão”, considera Patrícia Lima.
Fonte: Infonet (Cássia Santana)
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