Muito se fala que devemos ter uma representação forte, sólida, com comprometimento coletivo, porém quando para efetivar na prática essa primícia o que vemos é exatamente o contrário. Sem união não haverá nunca a possibilidade desse sonho se tornar uma realidade. Vivemos atualmente um verdadeiro “Cabo de guerra”.
Os anseios das categorias só serão alcançados e efetivamente surtirão os efeitos desejados quando realmente todos, repito TODOS, se conscientizarem de que precisam aderir ao real, unir-se em prol de um bem coletivo e deixarem de se comportar como analfabetos políticos. Tomemos como exemplos recentes as paralisações nos estados da Bahia e Rio Grande do Norte. Lá até mesmo os oficiais não resistiram a pressão salarial e arrochos do governo e não pensaram na divisão, mas sim na soma final. Resultado? Objetivos foram alcançados. Isso é demonstração de união.
Nosso caso aqui é claro. Por mais que haja discordância de muitos, mas enquanto grande parte dos oficiais não sentirem no bolso o peso da necessidade e aderirem em peso ao movimento reivindicatório, podemos esquecer. Não serão grupos e pessoas com filosofias que irão trazer a transformação. Precisamos de práticas! E, diga-se de passagem, a tecnologia que trouxe a modernidade e a facilidade à comunicação, faz de muitos grupos criados no aplicativo chamado WhatZap um verdadeiro instrumento de desagregação. Tem grupos especializados em desconstruir o que muitos tentam ou tentaram construir, isso incluindo a reputação dessas pessoas que de alguma forma contribuíram com a causa, expondo suas imagens, em prol de uma coletividade nem sempre agradecida, guardada as devidas proporções, lógico.
Vamos à lógica de nossa atual situação: Atualmente o quadro de oficiais está praticamente travado e eles insistem em não querer enxergar os fatos concretos, pois querendo ou não muitos estão agregados. Porém, o quadro já está travado de Capitão pra cima e de Tenente, provavelmente, irá travar quando formarem as turmas do CFO III. Resumindo, daqui a dois anos trava geral, tornando-se tanto ou pior quanto o quadro das praças. E a tendência é piorar quando, se por ventura, o TJDFT julgar procedente as ações movidas pelo MP contra os últimos Decretos assinados pelo governo. Aí, meus amigos, sem promoções, Serviço Voluntário, Auxílio-alimentação e Auxílio-moradia, fatalmente o balde irá transbordar.
Temos duas formas, digamos saudáveis, de aprendizagem nesse mundo: A primeira TRAUMÁTICA e a segunda PRAZEIROSA. Geralmente, qual das duas escolhemos? Resposta fácil né?
No caso da primeira, a mesma só será posta em execução quando chegarmos próximo ao caos e todos atentarem para o fato de que precisamos acordar, pois hoje muitos reclamam, mas pouco produzem e aqueles que têm em sua essência o desejo de mudanças acabam sendo considerados “diferentes” e por assim serem pagam um preço altíssimo.
Agora se todos optassem pela segunda, entendo-a como preventiva. Porém, muitos não estão nem aí nem pra si, imagine o que dizer para o seu próximo! Portanto afirmo, UNIÃO se faz do senso comum de todos. Se um falha, todos falham. É como num jogo de futebol, que quando o time ganha ou perde, não será um ou dois jogadores os responsáveis, mas sim todo o conjunto. Todos teremos nossos créditos, sejam positivos ou negativos e, por analogia digo-vos: Assim como no alfabeto temos várias letras separadas, se não a somarmos jamais conseguiremos formar uma só palavra.
Fonte: Tenente Poliglota
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