Vereador e líder grevista passou mal e saiu da prisão para ser internado.
Marco Prisco está internado em hospital de Brasília (Foto: Imagem/ TV Bahia)
O vereador Marco Prisco (PSDB), um dos líderes da greve da Polícia Militar da Bahia ocorrida no mês passado, foi transferido na noite desta quarta-feira (14) do Hospital de Base para o Hospital Regional da Asa Norte. Preso desde o dia 18 de abril no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, ele foi internado em razão de um infarto do miocárdio dentro da prisão, além de um refluxo gástrico grave e úlceras hemorrágicas.
Prisco havia sido encaminhado para o Base no dia 4, após se queixar de fortes dores no peito. O vereador passou por procedimento cirúrgico e, na última quinta-feira (8), recebeu alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele foi internado no local por ser a unidade que poderia dar maior suporte no atendimento e realizar "exames mais detalhados", segundo nota da Secretaria de Saúde.
De acordo com a Secretaria de Saúde, como ele está em estado estável, não havia mais necessidade de que ele permanecesse na unidade. Ele foi transferido para o Hospital Regional da Asa Norte por volta das 19h.
Ainda segundo a pasta, o Prisco vai passar por novos exames nesta quinta e não há previsão de alta. A assessoria da Associação de Policiais e Bombeiros e seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) disse que o vereador perdeu 15 kg depois da internação. A informação não foi confirmada pela secretaria.
Nesta terça, o ministro Ricardo Lewandowski determinou que dois médicos do Supremo Tribunal Federal avaliassem em até 48 horas o estado de saúde do vereador. O resultado deve nortear a decisão de Lewandowski sobre pedido da defesa para prisão domiciliar.
O pedido de avaliação médica foi feito "com urgência" pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta segunda-feira (12). Prisco passou mal dentro do presídio da Papuda no início de maio.
O vereador foi detido em abril em prisão preventiva para "garantia da ordem pública" após o início de uma paralisação da polícia baiana. Segundo a decisão, Prisco foi preso em razão de ação penal à qual responde sobre a greve da PM de 2012. O juiz entendeu que o Código de Processo Penal prevê a prisão de quem possa cometer novamente o crime pelo qual responde. No novo recurso ao Supremo, a defesa de Prisco argumenta que ele é reu primário e tem "ficha criminal imaculada" e é "cidadão de bem".
"O paciente vem sofrendo forte constrangimento pessoal com a limitação imposta pelo regime diferenciado disciplinar, bem como por estar longe de seus familiares, com forte isolamento, sendo um castigo muito duro para quem apenas é uma liderança em defesa de melhores salários e condições de trabalho."
Fonte: G1 DF
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