Se condenados pela Justiça eles podem pegar até oito anos de prisão.
Inquérito foi encaminhado ao Ministério Público.
O delegado Valter Simas, da Delegacia de Turismo concluiu o inquérito que apura o envolvimento do enteado do secretário de Segurança Pública de Sergipe, João Eloy e de um amigo em uma abordagem onde eles teriam tentando assaltar um táxi e se passado por policiais.
“Os dois jovens foram indiciados por porte ilegal de arma de uso exclusivo da polícia e por usurpação de função pública, já que se passaram por policiais ao simularem uma falsa blitz na Passarela do Caranguejo”, disse o delegado.
Ele revelou ainda que eles não foram indiciados pelo crime de roubo. “ Fizemos um trabalho de acareação entre o motorista do táxi que denunciou o roubo e os passageiros e não ficou constatada a informação de que eles estariam roubando. Passageiros de outro veículo, que também foi abordado afirmaram que os jovens agiram como se fossem policiais pedindo o documento do condutor, revistando o carro e após não encontrarem nenhuma irregularidade os liberando em seguida. O que reforçou que a ação não englobava roubo, o que pode ainda ser analisado pelo Ministério Público”, finalizou.
De acordo com Valter Simas, se condenados pela justiça, cada um pode cumprir até oito anos de prisão pelos dois crimes. “ O trabalho foi concluído e o material agora vai ser analisado pelo Ministério Público”, explica.
Entenda o caso
Os jovens são suspeitos de tentar assaltar um taxista no bairro Coroa do Meio, em Aracaju, na madrugada no dia 25 de maio. E em seguida, abordar carros na Passarela do Caranguejo se passando por policiais e promovendo uma falsa blitz. Na ocasião eles foram abordados por policiais portando uma pistola e um fuzil, foram presos e liberados em seguida.
“Quando ele estava com a lanterna nos olhos do passageiro eu consegui olhar para ele, tanto que o reconheci na mesma hora”, revelou o taxista na ocasião.
Na segunda-feira (26) o secretário adjunto, João Batista, confirmou que o carro e as armas utilizados pelo enteado do secretário no crime, eram de João Eloy, além de destacar a atuação do delegado Augusto César Mendes de Oliveira, de não ter lavrado o flagrante, João Batista, disse que essa foi uma decisão pessoal do plantonista.
“O delegado fez a ouvida de todos, apreendeu as armas e o veículo e entendeu que não era o caso da lavratura do flagrante e sim da instauração de um inquérito policial”, destaca o secretário-adjunto.
“Para nós foi uma ocorrência como qualquer outra. Recebi a ligação do secretário na madrugada do domingo dizendo para que fosse cumprida a lei independente de quem fosse e assim foi feito, tanto que não houve contato meu com os militares que estavam envolvidos na ocorrência. Eles levaram os suspeitos para a delegacia de forma muito natural. E digo mais, poucos teriam a coragem de dar essa determinação que João Eloy deu”, analisa.
Fonte: G1 SE
Nenhum comentário:
Postar um comentário