segunda-feira, 7 de julho de 2014

BARRIL DE PÓLVORA. COMPENCAM ESTÁ COM 2.300 PRESOS QUANDO DEVERIA TER 800.

Um verdadeiro barril de pólvora. Assim está sendo considerado a situação dentro do Complexo Penitenciário Carvalho Neto (Compecan), em São Cristóvão. O presídio que tem capacidade para 800 internos comporta hoje cerca de 2300 presos.

Nos últimos dias várias fugas nos presídios e delegacias foram registrados no estado e por conta disso, o governo do estado convocou homens da Força Nacional para ajudar na segurança, porém o problema continua o mesmo.

Na semana passada, pelo menos 70 presos, incluindo a fuga na 5ª Delegacia e no presídio de Tobias Barreto mostrou a fragilidade em que se encontra a segurança pública no estado. Outros cinco presos também conseguiram fugir da Delegacia Regional de Lagarto. Já em Aracaju, quatro presos fogem do Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf).

Nesta segunda-feira (07), uma outra situação foi registrada no Compencam, quando dois detentos tentaram render um agente prisional que acabou sendo ferido em uma das mãos e nas costas.

As informações são de que o agente penitenciário Francisco Vieira teve a mão perfurada e um ferimento nas costas no final da manhã  por um detento da Ala B, Pavilhão 3, que teria tentando fazê-lo refém. Um outro agente notou a movimento e ajudou o colega a dominar o detento evitando que Francisco fosse feito refém.

Um agente que concedeu entrevista ao radialista Jailton Santana, no programa Jornal da Ilha, segunda edição, disse que a situação no Compencam é complicada e que o juiz da vara de execuções já determinou a interdição do presídio, porém até o momento isso ainda não ocorreu.

Outro fato que chamou a atenção foi o fato de que recentemente, uma agente teria sido dominada por quatro presidiários que seriam portadores do vírus HIV. A situação também foi dominada por colegas da agente que teve sua vida colocada em risco por conta do que poderia ter sido feito pelos detentos.

Além do presídio estar comportando três vezes mais do que deveria, o número de agentes prisionais é muito abaixo do que determina uma lei do próprio estado que não a cumpre. Há a informação de que no Compencam há um agente prisional para cada 130 detentos.

Fonte:  Faxaju (Munir Darrage)

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