Apenas este ano foram quase 600 assaltos a ônibus, uma média de três/dia.
Diante da violência e da falta de segurança, os cerca de quatro mil rodoviários prometem parar o sistema de transporte público de Aracaju e Grande Aracaju, caso o número de assaltos não seja diminuído em até 30 dias. Só para se ter uma ideia, a insegurança tem feito muitos motoristas e cobradores migrar para outras atividades. Também não é para menos. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Aracaju (Sintrasa), de 1º de janeiro até dia 28 deste mês foram computados 586 assaltos a ônibus; em média três por dia.
O sindicalista Miguel Belarmino, presidente do sindicato da categoria, chama a atenção para o crescimento desse tipo de investida em relação a 2013, quando foram registrados 678 assaltos a ônibus durante todo o ano. “Isso sem falar nos oito rodoviários agredidos por criminosos que deram entrada no Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) só este ano”, diz o líder sindical. Ainda de acordo com ele, hoje, motoristas e cobradores saem para trabalhar, mas não sabem se voltam para casa. “Essa insegurança tem feito muitos colegas abandonarem a profissão e partirem para outras atividades”, ressalta Miguel.
Segundo ele, os assaltantes estão agindo a qualquer hora. “Atualmente, há assaltos e arrastões tanto de manhã como de noite”, atesta Miguel Belarmino. O sindicalista destaca que as linhas mais visadas pelos criminosos são Parque São José, Santa Maria, Piabeta, Jardim e Soledade. “No Terminal Leonel Brizola, por exemplo, a catraca fixa foi assaltada 18 vezes só esse ano. Fazemos um apelo para que o Governo do Estado, junto com a Polícia Militar, aumente o número de abordagens nos carros. Isso porque, quando há abordagem , diminui consideravelmente o número de assaltos”, atesta o presidente do Sintrasa.
Polícia Militar
O coronel Jackson do Nascimento, do Comando de Policiamento da Capital (CPMC), informa que até o mês de junho deste ano foram realizadas 1.548 abordagens a ônibus, o que dá uma média de 258 por mês, cerca de 26 por dia. Ainda de acordo com ele, as operações são executadas em toda a região metropolitana, geralmente no final da tarde e durante a noite. “Estaremos sempre tentando implementar um policiamento mais eficiente, seja através do aumento no número de abordagens ou através de operações de inteligência”, garante ele.
Fonte: Jornal da Cidade
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