A Polícia Militar do Amazonas passa por uma crise em seu alto escalão. Coronéis que ocupavam cargos estratégicos na corporação estão abandonando suas funções, em descontentamento com atos do Subcomandante Geral:
O alto escalão da Polícia Militar do Amazonas passa por mais uma crise e coronéis decidiram entregar os cargos ao comandante-geral, Almir David. Na sexta-feira, o comandante do Batalhão Ambiental, coronel Antônio Escóssio, entregou o cargo e, ontem pela manhã, foi a vez do comandante do Comando de Policiamento Especial (CPE), Fabiano Bó. Há informações não confirmadas que outros comandantes também farão o mesmo nos próximos dias.
Entrevistado por A CRÍTICA, Fabiano Bó foi objetivo em dizer que está entregando o cargo por não concordar com os “atos antiéticos do subcomandante”, o coronel Eliézio Almeida. “Não concordo com as decisões do subcomandante e, por isso, prefiro deixar o comando do CPE”, disse.
Embora demonstrando descontentamento, Escóssio disse, na sexta-feira, que tinha entregado o comando e que pretendia fazer um curso fora. O comandante do Choque, major Brandão, foi outro que mostrou insatisfação, ao dizer que “já tinha acabado o seu tempo”.
Motivos
Fabiano Bó destacou alguns atos de Eliézio que o levaram a entregar o cargo. Entre eles, Bó aponta o sucateamento do CPE, onde ficam os grupos de policiamentos especiais, como a Rocam, o Choque, o Marte e a Cavalaria. Segundo Bó, o comandante retirou os rádios de comunicação do CPE, que foram adquiridos e usados durante a Copa do Mundo. “Ele, pessoalmente, recolheu os rádios e não sei para onde levou”, disse.
Ainda segundo Bó, o subcomandante diminuiu o número de viaturas da Rocam, que possui 13 carros alugados, mas somente três sendo usadas. A maioria dos veículos fica parada no pátio do CPE. O subcomandante também é acusado por Bó de reduzir o número de policiais dessas unidades.
Para Fabiano Bó, a intenção de Eliézio com essas ações é desestabilizar a administração do coronel David, para ele assumir o cargo de comandante. “Só tem uma explicação. Se acontecer alguma situação que exija a ação do policiamento especial, não teremos como agir”, afirmou o ex-comandante co CPE.
Esquema
O coronel Eliézio também é acusado pelos coronéis de integrar um esquema para beneficiar madeireiros de Manacapuru no transporte ilegal de madeira. Ele foi procurado, ontem à tarde, para falar sobre as acusações, mas não atendeu as ligações. A assessoria de imprensa da PM informou que o comandante-geral, Almir David, e o subcomandante Eliézio estavam reunidos e não podiam atender a imprensa.
Fonte: A crítica
Aqui não lutam por nada, mesmo sabendo que vão pra casa.
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