Estudantes do 24 de outubro fazem manifestação pedindo por segurança (Fotos: Portal Infonet)
“Se a segurança não chegar, o 24 vai parar”. Essa era a frase entoada em coro por dezenas de adolescentes da Escola Estadual 24 de Outubro, que se reuniram na tarde desta quarta-feira, 12, para uma manifestação em prol da segurança no ambiente escolar. Os protestos surgiram logo após uma estudante de 14 anos ter sido assaltada no interior da escola.
A Escola 24 de outubro fica localizada na avenida Visconde de Maracaju, no bairro 18 do Forte, em Aracaju. Os estudantes relatam crescente violência na região já está adentrando no ambiente escolar.
Por volta das 13h desta quarta-feira, 12, a estudante Ane Franciele, de 14 anos, foi abordada por três homens armados enquanto subia as escadas para ir à sala de aula. “Aconteceu comigo pela primeira vez, mas acontece justamente dentro da escola? Essa região está cada vez mais violenta”, disse a garota, ainda abalada com a abordagem dos homens que levaram seu celular.
Os relatos dos estudantes são de que a escola não apresenta nenhuma segurança. De acordo com a presidente do grêmio estudantil do 24 de outubro, Flávia Conceição, os alunos já estão cansados dessa situação. “Isso já aconteceu outras vezes, não é a primeira vez. Qualquer um entra aqui nessa escola. Já fizemos várias reuniões com a escola, mas nada foi mudado. Até porque o estado que é responsável por isso”, disse Flávia.
O ato dos estudantes em frente à escola foi realizado logo após a ação dos assaltantes. Ainda segundo a presidente do grêmio estudantil, outras manifestações serão realizadas, enquanto a insegurança permanecer na região.
SEED
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seed), o órgão já tem conhecimento do episódio e a polícia foi chamada para o local no momento da ocorrência, chegando a prender um dos bandidos.
Ainda segundo a assessoria, a escola 24 de outubro tem o quadro completo de vigilantes e, por causa de recente reformada, a escola é toda gradeada. De acordo com a assessora Ofélia Onias, a SEED também está preocupada com a situação. “Estamos trabalhando para reduzir os índices de ocorrências no ambiente escolar. Para isso, já foram feitas reuniões com a cúpula da Secretaria de Segurança Pública (SSP), para que seja feito um reforço da ronda policial na região”, disse.
PM
A capitã Evangelina de Deus, que é relações públicas da Polícia Militar de Sergipe, informou que a segurança na área é feita através do policiamente ostensivo comunitário. Ainda de acordo com ela, a PM tem conhecimento da violência na região, mas não tem recebido denúncias especificamente relacionadas às imediações da escola. A capitã reforça que é importante que as vítimas registrem boletim de ocorrência. "Esses registros servem com estatísticas e são importantes para que possamos fazer o remanejamento dos policiais. É de conhecimento de todos que o nosso efetivo é escasso, e por isso, nossa prioridade é atender as áreas mais afetadas pela violência", explica.
Fonte: Infoent (Helena Sader e Verlane Estácio)
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