Os episódios registrados na partida entre Confiança e Tombense, no Estádio Presidente Médici, em, Itabaiana, quando a Policia Militar se recusou a fazer o policiamento naquela praça de esportes, obrigou ao Ministério Público Estadual (MPE), levantar a questão o porquê daquela atitude da PM, pois entende que segurança nos estádios de futebol, é uma das atividades daquela corporação.
Foram realizadas algumas reuniões entre os dirigentes de futebol e membros do MPE, para se chegar a um posicionamento, com definição de responsabilidades sobre o policiamento nos estádios de futebol da capital e do interior. Nesta terça-feira 25, aconteceu mais uma reunião na sede do MPE, contando com as presenças dos dirigentes de clubes, dirigentes da FSF, promotores e representantes da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.
Na oportunidade, o Dr. João Rodrigues Neto, Promotor do Controle Externo da Atividade Policial, fez uma explanação sobre a importância da presença da Policia Militar nos estádios de futebol, solicitando a elaboração de um calendário para 2015, onde constem todas as competições que serão desenvolvidas no estado de Sergipe.
O Coronel Jackson Nascimento, Comandante da CPMC disse que a PM sempre foi parceira da FSF e colaborou com o futebol sergipano. No entanto, existe o problema de efetivo reduzido e, para se fazer o policiamento em um jogo de futebol, era necessário deslocar policial que esteja de folga. Para isso o pagamento da Gratificação de Atividades Especiais (GRAE) é obrigatório e como estamos no final do ano, não existe na PM, dotação orçamentária para esse tipo de despesa.
- São muitos os eventos realizados nos finais de semana e não temos efetivos para cobri-los, integralmente, sem prejudicar outras atividades policiais, alegou o Coronel Jackson Nascimento.
Aventou-se a possibilidade da contratação de segurança particular, mas o presidente da Federação Sergipana de Futebol, Carivaldo Souza, descartou, alegando que nosso futebol é pobre e não tem condições. "Não temos como contratar segurança particular, para os jogos de futebol, pois segurança dentro e fora dos estádios de futebol é uma atividade que entendemos, é de total responsabilidade da Policia Militar".
Questionou-se na oportunidade, a ausência de um representante do governo do estado. O Dr. Luís Alberto Moura disse que foi feito o convite, mas não sabe por que da ausência de um representante do governo do estado na referida reunião.
Depois de mais de duas horas de reunião, os participantes decidiram por marcar uma nova audiência para o dia 9 de dezembro às 9h00, no mesmo local, com a presença de um representante do governo do estado, para que este se posicione sobre o pagamento da GRAE e possa se chegar a uma conclusão.
Na avaliação geral dos participantes, a reunião foi proveitosa, pois foi dado o primeiro passo, para se resolver um problema de segurança, que aflige os desportistas sergipanos. "Foi muito proveitosa a reunião. Vamos agora aguardar o encontro do dia 9 de dezembro, para ver como a questão será resolvida", disse Carivaldo Souza.
Participaram da reunião representado o MPE os procuradores João Rodrigues Neto, Luís Alberto Moura, Adson Alberto Cardoso e Maria Helena Sanches Lisboa. O Ten. Cel. Joaquim Oduvaldo Almeida, do Corpo de Bombeiros, Cel. Jackson Nascimento, da PM. Carivaldo Souza e Diogo Andrade, da FSF, João Fonseca, Edivaldo Lima e Lailson Melo, representando as equipes do Confiança, Itabaiana e Sergipe, respectivamente.
Fonte: Jornal do Dia
Ok, a Federação Sergipana de Futebol é pobre e não pode contratar segurança particular para promover a segurança nos estádios de futebol, mas o policial militar é rico para perder sua folga e trabalhar de graça neste evento particular ?
ResponderExcluirTodo mundo olha seus interesses, exceto aquele que será escravizado para trabalhar de graça para esta federação de futebol. O Ministério Público deve defender o policial militar desta exploração e não querer obrigar que ele trabalhe de graça em festas particulares e jogos de futebol. Só quero ver o final desta brincadeirinha.
Aliás, o discurso é sempre de pobreza. A ASBT disse que promovia festa sem fins lucrativos e seus diretores eram pobres e agora mais uma vez a FSF diz que é pobre.
Os ricos da história são sempre os Soldados, Cabos e Sargentos da PM.