Possibilidade de greve não está descartada
A manhã desta terça-feira (4) foi marcada por manifestações das diversas categorias de trabalhadores públicos do Estado. Na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Área da Saúde do Estado de Sergipe (Sintasa), estiveram reunidas diversas categorias da saúde, como médicos, dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas e demais servidores.
“A situação do trabalhador ficou terrível. Você simplesmente tem sua programação com seu salário e, de repente, você não pode honrar seus compromissos em dia e ainda paga juros”, diz Marcos Santana, presidente do Sindicato dos Odontólogos de Sergipe. “As pessoas precisam se manter para trabalhar. Não podemos ficar nesta situação”, completa.
“Já até conversamos com o governo, mas eles não conseguem garantir que não haverá mais atrasos ou parcelamentos futuros, como no caso do 13º salário”, disse Shirley Morales, presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Sergipe (SEES). “O governo chegou a falar na extinção de 7 ou 8 secretarias, exoneração de cargos comissionados, mas não dão a garantia de que isso será feito”, acrescentou.
“Isso só mostra que a saúde só prioridade no período eleitoral. O governo poderia ter sido mais democrático e transparente, chamado as categorias para conversar, mas simplesmente impôs um parcelamento de salários e pronto”, criticou o vice-presidente do Sindicato dos Médicos de Sergipe (Sindimed), José Menezes.
“Entramos em contato com o Banesecard para que não cobrasse os juros das faturas. As pessoas tem compromissos e programação com o salário. E quanto menos a pessoa ganha, mais faz falta qualquer diferença”, disse Augusto Couto, presidente do Sintasa.
Enquanto as categorias da saúde se reuniam no Sintasa, as demais categorias se reuniam em frente ao Palácio de Despachos do Governo de Sergipe. “Nós exigimos uma maior transparência, que as informações sejam públicas com relação às contas para que o servidor não seja penalizado”, comentou Roberto Silva, vice-presidente da Central Única dos Trabalhadores em Sergipe (CUT-SE).
“A gente lamenta a postura do Banese, que emitiu nota dizendo que não faria o desconto dos empréstimos consignados, mas os servidores tiveram os valores descontados nesta primeira parcela e os trabalhadores estiveram do lado do Banese quando a Prefeitura de Aracaju retirou a folha de pagamento de lá”, disse Roberto.
“Nós exigimos um calendário de pagamento e que seja cumprido. O servidor precisa de segurança”, afirmou Roberto. Todas as categorias já avisaram que, se nada for resolvido, poderão entrar em greve.
Fonte: F5 News (Elisângela Valença)
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