Caso registrado como lesão corporal e desacato foi enviado à Justiça.
Uma confusão envolvendo um juiz novamente virou caso de polícia e foi parar na Justiça. No dia 6, o juiz Bruno Monteiro Ruliére se envolveu numa briga com o sargento do Corpo de Bombeiros André Fernarreti, que trabalha como guarda-vida do posto 9, na orla de Ipanema, Zona Sul do Rio, e o caso acabou na 14ª DP (Leblon), com antecipou o jornal "O Dia". Segundo a Polícia Civil, o registro foi feito como lesão corporal e desacato e foi encaminhado para o Juizado Especial Criminal (Jecrim).
Em um vídeo de câmera de segurança do posto, ao qual o G1 teve acesso (veja acima), Ruliére, que é responsável pela 1ª Vara de Saquarema, aparece entrando no posto com dois amigos. Segundo o vereador Márcio Garcia (PR), que também é bombeiro e está assessorando juridicamente o sargento, o juiz foi ao posto tomar satisfações com uma funcionária do local que teria se envolvido em uma discussão com a mulher de um amigo do magistrado por causa da utilização do banheiro.
“Ele entrou dizendo que o posto estava fechado, interditou o estabelecimento e deu voz de prisão e tentou prender todo mundo. É nessa hora que ele aparece pegando no braço da senhora, que olha para cima e pede socorro aos guarda vidas”, afirmou o vereador.
Em seguida, o sargento aparece descendo a escada com outro bombeiro para falar com Ruliére e outros dois rapazes que entraram no posto com ele. “Inicialmente, eles (os bombeiros) tentam apaziguar a situação. O juiz está visivelmente alterado, gritando, ofendendo e com hálito etílico. No momento em que ele (bombeiro) tenta impedir que os funcionários do posto fossem arrastados, passa a ser o alvo das ofensas”, diz Garcia.
De acordo com as imagens, no momento que bombeiro começa a subir as escadas, o juiz vai atrás. “É nessa hora que ele dá uma cabeçada no sargento. O Fernarreti está muito bem fisicamente, se a intenção dele fosse bater, nessa hora o juiz estava hospitalizado. Ele apenas se defendeu da cabeçada. As imagens mostram isso. Ele é um cara extremamente calmo, tranquilo, pacífico e não tem histórico de punição”, afirmou o vereador.
Procurado pelo G1 Rio, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) alegou que não vai se pronunciar a respeito do assunto e disse que até o momento não recebeu informações se o magistrado vai ou não se manifestar a respeito do assunto.
Fonte: Blog do Almança
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