Uma mega operação realizada pela Policia Federal, denominada “operação Poço Vermelho”, desde as primeiras horas desta quarta-feira (03), culminou com a prisão de sete pessoas que estariam envolvidas com grupo de extermínio que agia no interior do estado. Os detalhes das operação denominada “Poço Vermelho”, foram revelados pelo delegado Milton Rodrigues Neves, chefe da Unidade de Repressão a Crimes Contra a Pessoa da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal.
Cerca de cem agentes federais cumpriram diversos mandados de busca e apreensão na capital e no interior do estado, o que resultou na prisão de 7 pessoas, entre elas um sargento e um soldado da policia militar, um policial civil, além de 15 condutas coercitivas. Foram apreendidas ainda 11 armas, entre pistolas, espingardas de calibre 12 e um revólver de calibre 38 mm, além de duas armas de brinquedo.
Os policiais militares presos foram o sargento Leonídio Rosa de Oliveira, que trabalha na 3ª Companhia do 4º Batalhão da PM, no município de Simão Dias, e o soldado Adriano Batista Macedo, da 4ª Companhia do 7º Batalhão da Polícia Militar, no município de Poço Verde.
Já o policial civil preso foi Cris Aislan, já que havia um mandado de busca e apreensão e foi encontrado em sua residência armas, inclusive um revólver de calibre 38 sem registro que estava em um cofre. Por conta dessa arma sem registro, ele foi autuado em flagrante por posse ilegal de arma, mas não há até agora, que indiquem a participação direta ao grupo de extermínio.
Durante a coletiva com a imprensa o delegado da policia federal responsável pelo caso explicou que as investigações foram iniciadas no mês de maio e estão sendo conduzidas pela Unidade de Repressão a Crimes Contra a Pessoa da Divisão de Direitos Humanos da PF.
Na operação realizada hoje, foram escalados 120 agentes federais que participaram da operação, realizada nas cidades de Poço Verde, Simão Dias, Boquim, Lagarto, Aracaju, em Sergipe e também nas cidades baianas de Cícero Dantas e Heliópolis.
Grupo de extermínio - O grupo de extermínio que está sendo investigado pela PF, tinha como líder o ex-presidiário José Augusto Aurelino Batista, 41 anos, que foi morto no último dia 14 de outubro, em sua residência non município de Poço Verde, durante um suposto confronto com policiais civis.
Segundo levantamento feito pela PF, Zé Augusto tinha uma rede de pessoas que colaboravam, se cercando de todas as maneiras para evitar que chegassem até ele, já que havia contra ele mandado de prisão em aberto. “Eles atuavam de forma muito camuflada. Trabalhavam supostamente com carros de som e utilizava esse serviço para vender uma falsa segurança. Ele era muito respeitado na cidade por ser considerada uma pessoa que estava ali para fazer justiça”, explica o delegado Milton Neves, acrescentando que “em razão da ausência do Estado, a segurança privada e a milícia terminou ganhando força para garantir uma falsa segurança na região”.
Morte de Zé Augusto – A investigação da Polícia federal teve início através de um pedido feito pelo Ministério da Justiça, após o promotor público, Lúcio José Cardoso, do município de Poço Verde ter solicitado a apuração do caso, já que segundo a SSP/SE, ele teria morrido em confronto com a policia após ter reagido à prisão, dentro de sua residência.
O delegado Milton NeveS explica que “após a conclusão da investigação, os resultados serão encaminhados ao MP para avaliação. Se entender que os elementos são suficientes para oferecer uma denúncia, o Ministério Público poderá fazer isso para que seja iniciado um processo”.
Fonte: Faxaju (Munir Darrage)
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