Um fuzil, registrado no nome do coronel da PM Fernando Príncipe Martins, foi apreendido durante uma operação do Batalhão de Operações Especiais (Bope) dentro da favela da Serrinha, em Madureira. A descoberta é o resultado de uma investigação interna da PM, publicada no boletim reservado da corporação da última terça-feira. A operação que terminou com a apreensão do fuzil aconteceu em fevereiro de 2013. Segundo o resultado da portaria 0861/2538/2013, da Corregedoria da corporação, “ficou comprovada a conduta irregular” do oficial, ex-comandante do Bope e, atualmente, lotado na Diretoria Geral de Pessoal (DGP), a “geladeira da PM”.
A decisão determina que o oficial produza um documento de razões de defesa (DRD) para justificar o motivo de não ter observado “o fiel cumprimento das formalidades estabelecidas nas normas em vigor para o registro, transferência, posse de arma de fogo, ensejando o extravio de um fuzil importado HK, calibre 7,62mm”. De acordo com a PM, a investigação criminal está a cargo da Polícia Civil.
A informação de que o fuzil pertencia ao coronel partiu de uma documentação enviada pelo Exército à PM. “Após pesquisas realizadas no Sistema de Gerenciamento de Armas (SIGMA), contatou-se que o fuzil HK está registrado no nome de Fernando Príncipe Martins”, afirma o texto da sindicância.
Ouvido no procedimento, Príncipe afirmou que é colecionador, mas “cedeu informalmente as armas que imaginava estarem irregulares para o extinto capitão PM Alexandre Sarmento da Silva”. Ele ainda disse que “não sabia o paradeiro das armas e nem se o extinto capitão havia realizado algum tipo de registro ou comunicação da cessão das armas nos órgãos competentes”.
Procurado pelo EXTRA, o coronel Príncipe afirmou que “não tinha tempo para falar sobre o assunto”. Segundo o texto da sindicância, o caso “coloca em descrédito o bom nome da corporação junto aos demais órgãos e a sociedade”.
No mesmo boletim reservado, o comando da PM decidiu que não há indícios de crime por parte do coronel Dayzer Corpas Maciel, ex-comandante do 17º BPM (Ilha), que era investigado em outro procedimento por pagamento de propina a traficantes. Corpas atualmente está preso acusado de aceitar propina do tráfico.
Fonte: Extra
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