O Centro de Estatística e Análise Criminal (Ceacrim) da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Sergipe divulgou o resultado total de homicídios acontecidos em Sergipe no ano de 2014. No total foram 999 pessoas assassinadas nas mais diversas modalidades no estado. Os números compreendem homicídios envolvendo armas de fogo, armas brancas, armas contundentes, traumatizantes e espancamentos.
Na estatística, estão todas as vertentes de crimes contra a vida praticados por terceiros. Em 2013, o balanço fechou com 922 mortes via homicídio. O crescimento de 77 mortes significa um aumento de 8% no volume de assassinatos em Sergipe. A arma mais utilizada para a prática dos assassinatos é o revólver de calibre 38, arma facilmente encontrada para venda no mercado negro e até mesmo pelas redes sociais, há a possibilidade de compra de um revólver, pistola ou munição para armas de fogo. Também é comum conseguir ter acesso à armas de fogo por meio de feiras clandestinas, como a que ocorre no terreno do Centro Administrativo de Aracaju, nos finais de semana.
Sergipe também registrou mais de 1300 prisões, somente na Delegacia Plantonista. Entretanto, poucos dos infratores encontram-se realmente encarcerados. De acordo com o comandante da Polícia Militar, coronel Maurício Iunes, o ciclo de segurança é quebrado quando se coloca o marginal de volta para as ruas, sabendo que ele irá cometer crimes novamente.
“Nós prendemos, mas soltam por qualquer coisa. O delito é cometido pelo meliante, devido à certeza da impunidade que ele tem”, disse o comandante da Polícia Militar para F5 News.
“Já prendemos o mesmo cara quatro, cinco, seis vezes, e pelo mesmo crime na maioria das vezes. O cara vai preso por tráfico, a justiça não deixa ele cumprir sua pena, ele é solto, o que acontece? Ele volta para vender drogas. É a única coisa que ele sabe fazer. Isso é uma falha grave da legislação. Querem fazer segurança, mas não sabem o quanto é difícil, com a quebra do ciclo que deveria garantir a proteção da população”, disse Iunes.
Segundo informações levantadas por F5 News, o número superior a 1300 prisões na Delegacia Plantonista é repetitivo e em sua grande maioria, os mesmos indivíduos marcam quatro a cinco passagens pela polícia por ano. Em 2013, mais de 1300 prisões foram registradas e em 2012, aproximadamente 1250 prisões.
Fonte: F5 News (Márcio Rocha)
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